Funcionários de centros de internação socioeducativos do Pará denunciaram, nesta semana, diversas irregularidades que estão acontecendo nos locais.
No Centro de Internação Jovem Adulto de Ananindeua, por exemplo, os menores infratores foram flagrados fazendo um agente refém, além de agredi-lo. Outra agressão a um funcionário foi registrado no CSB (Centro Socioeducativo de Benevides), que levou pancadas com o próprio estoque do centro.
A situação chega a gravidade de um homicídio. No último domingo (15) morreu no hospital um adolescente de 16 anos, que teria sido assassinado por outro interno de 17, dentro do CIAM (Centro Integrado do Adolescente Masculino).
Outra denúncia é sobre as pessoas contratadas, que não teriam preparo. Segundo um funcionário, entre os agentes há até criminosos.
Os monitores dizem acreditar ainda que a insegurança aumenta dentro dos centros de internação porque as medidas socioeducativas, conforme determina o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), não estariam sendo cumpridas, ou seja, os adolescentes não estariam tendo acesso a programas de ressocialização, a cursos profissionalizantes e passariam a maior parte do tempo trancados, sem nenhuma ocupação.
A Fundação de Atendimento Socioeducativa do Pará informou que o adolescente que morreu foi encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Já o jovem agressor vai responder por ato infracional grave. Sobre o monitor feito refém, eles disseram que não há registro de ocorrências nas unidades nestas duas últimas semanas. A respeito do acompanhamento educacional dos internos o órgão informou que realiza diversas atividades.
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