Chefe da diplomacia americana afirma que ameaça de força contra Síria é real
O secretário de Estado americano, John Kerry, disse neste domingo que os Estados Unidos enviaram uma forte advertência à Síria e que a "ameaça de (uso da) força é real" se o regime não cumprir com o plano de entregar seu arsenal químico.
O chefe da diplomacia americana fez essa advertência em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, após uma reunião que os dois mantiveram em Jerusalém.
Na reunião, que se estendeu por várias horas, Kerry e Netanyahu abordaram o acordo que os EUA e a Rússia alcançaram ontem em Genebra (Suíça) para que Damasco faça um inventário de seu arsenal químico, que deverá ser destruído antes de meados de 2014.
Larry Downing/AFP | ||
John Kerry (esq.) e Netanyahu durante coletiva de imprensa em Jerusalém |
Kerry defendeu hoje que a proposta "tem plena capacidade para tirar da Síria suas armas químicas". O secretário de Estado reiterou que é crucial que o regime sírio cumpra o acordo, caso contrário a ameaça americana de empregar a força militar contra Damasco surtirá efeito. "Não podemos nos permitir palavras vazias", afirmou Kerry.
Netanyahu, por sua parte, disse que o governo de Bashar al-Assad deve se desfazer de todas suas armas químicas e que a comunidade internacional precisa garantir que regimes radicais não possuam este tipo de armamento.
"A determinação demonstrada pela comunidade internacional em relação à Síria influenciará de forma direta no regime que a patrocina, o Irã", argumentou Netanyahu, de acordo com comunicado divulgado por seu gabinete.
"O Irã deve entender as consequências de seu contínuo desafio à comunidade internacional com sua busca por armas nucleares", sentenciou o primeiro-ministro
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