Ministério quer convergência de zoneamento ecológico e agrícola
Enquanto deputados e senadores travam intenso debate no Congresso Nacional em torno das alterações do código florestal (projeto de lei 1876/1999), que deve ser votado ainda no primeiro semestre na Câmara e depois no Senado Federal, o Ministério do Meio Ambiente estuda formas de garantir a sustentabilidade ambiental no Brasil tendo por base a perspectiva de forte crescimento do setor agrícola.
De acordo com secretário de Extrativismo do Ministério, o agrônomo Roberto Vizentin, a meta do governo brasileiro é fazer a integração do zoneamento econômico-ecológico (ZEE) com o zoneamento agrícola, que é plano de utilização agropecuário.
“Temos que integrar estrategicamente estes dois zoneamentos para definirmos as terras agricultáveis e as que devem ser preservadas. A dinâmica global é de um crescimento agressivo da produção de alimentos e insumos. Por isso, é preciso essa convergência entre agricultura e meio ambiente a partir da integração dos dois zoneamentos e da definição territorial do país”, afirma em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.
Segundo Vizentin, que assumiu o cargo no início deste ano a convite da ministra Isabela Teixeira, a demanda cada vez maior por alimentos e produção agrícola em forte crescimento preocupa os gestores que têm a missão de zelar pela proteção dos recursos naturais. Ele destaca ainda é preocupante o panorama da aquisição de terras brasileiras por estrangeiros.
“Trabalhamos com a perspectiva de que a agricultura no Brasil terá um crescimento de até 40% até 2020 ou 2030. Por isso, é preciso políticas públicas para fazer uma convergência entre a produção agropecuária e o meio ambiente, para que estes segmentos andem juntos e gerem riquezas para o Brasil”, destaca.
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