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Piloto do jato Legacy nega ter desligado aparelho que poderia evitar a colisão com avião da Gol
O piloto norte-americano Jan Paul Paladino confirmou que nunca havia pilotado um jato executivo Legacy, fabricado pela Embraer, antes do acidente que resultou na morte de 154 pessoas que estavam a bordo de um Boeing da companhia aérea brasileira Gol, em 2006. O piloto negou que só tivesse ligado o equipamento anticolisão momentos após o choque, sobre a floresta Amazônica, com o avião de carreira brasileiro.
Paladino, no entanto, garantiu ter pilotado aviões similares operacionalmente ao Legacy. As afirmações foram feitas nesta quarta-feira (30) durante o depoimento pelo sistema de videoconferência do DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) do Ministério da Justiça.
Ao juiz federal substituto da Vara Única de Sinop (MT), Murilo Mendes, o piloto reiterou que, em nenhum momento, os equipamentos do avião acusaram qualquer tipo de falha, em especial no transponder, aparelho que informa a posição da aeronave para o controle de trafego aéreo e outros aviões. A acusação alega que os pilotos teriam desligado o transponder momentos antes do acidente e religado após a colisão.
- Não houve, da minha parte, nenhuma ação voluntária para ligar ou religar o transponder.
Na terça-feira (29), os controladores de tráfego aéreo de Brasília negaram, em depoimento, que houve falha humana no dia em que as aeronaves se chocaram.
Depois de colher o relato de Paladino e Lepore, o juiz dará um prazo de até dez dias para que a defesa e os procuradores do Ministério Público Federal que participaram da audiência apresentem considerações a respeito dos depoimentos. A decisão do magistrado só será anunciada depois desta fase.
Defesa
Durante a audiência de terça-feira, Alencar se defendeu das acusações dos pilotos do jato Legacy, que afirmam que ele não atendeu aos chamados da aeronave no dia do acidente. Segundo o advogado de Alencar, Roberto Sobral, o controlador tentou vários contatos com os pilotos, mas não obteve resposta.
Já Santos falou por cerca de uma hora. Ele afirmou que o aparelho do jato Legacy (transponder) que fazia a comunicação da aeronave com os controladores de voo estava desligado. Por isso, o sistema acusou, automaticamente, que o avião estava no nível 370 (o que equivale a 37 mil pés de altitude). Posteriormente, foi constatado que o Legacy trafegava no nível 360, o mesmo em que estava a aeronave da Gol.
Histórico
O avião da Gol, que fazia o voo 1907, saiu de Manaus (AM) com escala em Brasília (DF), de onde seguiria para o Rio de Janeiro (RJ), e se chocou com um jato Legacy no ar, caindo perto do município de Peixoto de Azevedo (MT), no dia 29 de setembro de 2006. Com a batida, 154 pessoas que estavam dentro do avião da Gol morreram. Apesar de avariado, o jato Legacy, que transportava sete pessoas, conseguiu pousar com segurança.
Esse foi o segundo maior acidente aéreo na história do Brasil. O maior ocorreu em 17 de julho de 2007, quando um Airbus-A320 da TAM caiu em São Paulo e matou 199 pessoas.
Em outubro de 2010, a Justiça Militar condenou o sargento Jomarcelo Fernandes dos Santos a um ano e dois meses de detenção por homicídio culposo (quando não há intenção de matar).
Outros quatro controladores - João Batista da Silva, Felipe Santos Reis, Lucivando Tibúrcio de Alencar e Leandro José Santos de Barros - foram absolvidos.
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