"Pedimos desculpas pela angústia que estas fotos causaram", indica o comunicado do exército.
A revista alemã Der Spiegel publicou nesta segunda-feira fotos que, segundo indicou, mostram dois soldados americanos posando ao lado de corpos de afegãos.
Duas fotos que, segundo a Der Spiegel, as autoridades dos Estados Unidos tentara manter em segredo porque mostram que dois membros de uma unidade do exército desse país teriam matado afegãos civis por pura diversão.
Em uma das fotos, um soldado levanta, com um cigarro na mão, a cabeça de um homem ensanguentado e aparentemente morto. Na segunda, outro soldado sorri enquanto segura o mesmo homem.
Uma terceira foto mostra dois corpos, aparentemente sem vida, apoiados contra um poste.
O comunicado oficial diz que as imagens são "repugnantes e contrárias às normas e valores do exército dos Estados Unidos". Também assinala que as ações retradadas nessas fotografias estão sendo investigadas e estão sujeitas aos procedimentos da corte marcial americana.
Der Spiegel diz ainda que um dos soldados nas fotos é o cabo Jeremy Morlock, que enfrenta acusações de homicídio premeditado pela morte de três afegãos.
O outro, o soldado Andrew Holmes, é acusado de participar num complô para executar um homem no Afeganistão em janeiro passado, revela ainda a revista.
O plano, supostamente elaborado pelo sargento Calvin Gibbs e por Morlock, implicava disparar contra um civil e lançar uma granada de fabricação russa para que parecesse que era um combatente inimigo.
Em novembro, Holmes conseguiu uma suspensão temporária dos procedimentos legais em relação às acusações de assassinato, segundo seu advogado.
Morlock é um dos cinco soldados acusados de assassinato no caso, enquanto que outros sete estão acusados de tentar bloquear a investigação, consumir haxixe e bater com violência num companheiro em represália por passar informações aos superiores.
Der Spiegel diz que os militares americanos tentaram impedir a publicação das fotos, por temor de uma possível reação contra suas tropas no Afeganistão.
A revista informa que investigou a história do chamado "Kill Team" (Equipe de matar) durante cinco meses.
"Der Spiegel publica apenas três das 4.000 fotografias e vídeos, apenas aquelas necessárias para a história que precisa ser contada aqui", explica a publicação.
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