Justiça decreta prisão de ex-coordenador de radares do RS
O juiz Luís Felipe Paim Fernandes, da 5ª Vara Criminal de Porto Alegre, decretou a prisão de Paulo Aguiar, servidor do governo do Rio Grande do Sul suspeito de envolvimento com fraude para instalar e operar radares.
Aguiar foi exonerado na segunda-feira, após uma reportagem do programa "Fantástico", da TV Globo, apontá-lo como dono de uma empresa supostamente envolvida em direcionamento de licitações para instalar radares e lombadas eletrônicas. O governo gaúcho cancelou um certame para contratar os equipamentos.
O pedido de prisão preventiva foi formulado pelo promotor Tiago Conceição. Ele disse à Folha que, além dos indícios de "conduta ilícita" no direcionamento de licitações apontados pelo programa de TV, o servidor também já foi denunciado sob acusação de peculato e de falsidade ideológica em dezembro do ano passado.
Segundo a acusação, Aguiar seria responsável por um contrato de monitoramento eletrônico de trânsito com a empresa Engebrás que teria causado prejuízo de R$ 13 milhões ao Daer (Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem), autarquia do RS onde trabalhava.
Conceição afirma que Aguiar cometeu peculato ao permitir que a empresa instalasse equipamentos usados, quando o contrato exigia que fossem novos.
A Folha não conseguiu localizar Aguiar nem seu advogado, Daniel Gerber, para comentar o pedido de prisão. A reportagem também tentou, sem sucesso, entrar em contato com representante da empresa Engebrás para falar sobre a ação da Promotoria sobre o contrato com o Daer, na noite desta sexta-feira.
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