Procuradoria pede ao STF que divida dados sobre caso Jaqueline
O Ministério Público Federal pediu no STF (Supremo Tribunal Federal) o compartilhamento de dados do inquérito contra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).
O pedido foi feito ao relator, ministro Joaquim Barbosa, que decidirá se fornecerá informações para a Câmara dos Deputados.
O ministro autorizou na segunda-feira abertura de inquérito contra a deputada filmada recebendo dinheiro de suposta propina do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa.
Com a abertura do inquérito, o procurador-geral, Roberto Gurgel, começa a investigar a denúncia de que ela teria recebido pelo menos R$ 50 mil do esquema. Ao concluir o caso, Gurgel decide se oferece ou não denúncia contra a deputada ao Supremo.
Nesta quinta-feira, o corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), disse que ainda não conseguiu localizar a deputada para notificá-la do pedido de investigação, procedimento previsto no regimento da Casa.
"Tentamos ontem [quarta-feira], vamos tentar hoje e amanhã. Se não der, vamos citá-la pelo "Diário Oficial" na segunda-feira", afirmou o corregedor.
A partir da notificação, a deputada terá cinco dias para apresentar sua defesa.
Com a aprovação dos integrantes da Mesa, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), enviou ontem o caso da deputada para o corregedor.
Em nota divulgada essa semana, Jaqueline afirmou que o dinheiro era para caixa dois de campanha. A deputada pediu licença da Câmara, alegando motivos médicos.
Ontem, o Conselho de Ética também foi instalado e elegeu, por unanimidade, o deputado José Carlos Araújo (PDT-BA) para presidente.
Em seguida, o PSOL protocolou representação por quebra de decoro contra a deputada.
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