Senado exonera servidoras "fantasmas" do gabinete de Efraim Morais
Quase um ano depois das denúncias contra o ex-senador Efraim Morais (DEM-PB), o Senado exonerou nesta segunda-feira servidoras acusadas de trabalharem como "fantasmas" do ex-parlamentar.
A exoneração das irmãs Kelriany e Kelly Nascimento da Silva foi publicada no Boletim Administrativo da Casa. As duas não vão receber indenização nem qualquer tipo de pagamento rescisório até que o Senado conclua as investigações.
Além das irmãs, a servidora Mônica da Conceição Bicalho também foi exonerada nas mesmas condições.
O caso foi revelado em maio do ano passado. As duas irmãs foram nomeadas para os cargos de assistentes parlamentares no Senado, com salário mensal de R$ 3.800. Mas alegaram não saber que eram servidoras.
À Polícia Civil, elas disseram que duas amigas pediram seus documentos e autorização para abrir conta em banco para receberem uma suposta bolsa de estudos da UnB (Universidade de Brasília). Uma das amigas que teriam pedido os documentos é Mônica, que na época prestava assessoria jurídica para o senador.
Em junho de 2010, o Senado instaurou processo de investigação para apurar as denúncias. A Polícia Legislativa encaminhou o inquérito contra Efraim ao STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda não foi concluído.
Como o ex-senador não foi reeleito para o Congresso, perderá direito ao foro privilegiado --o que vai levar o caso à Justiça comum.
Na época, a Justiça bloqueou os bens de seis acusados da fraude, entre eles Mônica Bicalho e membros da sua família que trabalhavam no gabinete de Efraim.
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