Tsunami nasce de terremoto em alto-mar; saiba mais
O forte tsunami que matou mais de 330 pessoas no Japão foi causado pelo terremoto de magnitude 8,9 na escala Richter que atingiu o país nesta madrugada (às 2h46 no horário de Brasília). Esse tipo de fenômeno é impulsionado pelo deslocamento de placas tectônicas na crosta terrestre.
As placas, que formam a litosfera --a camada externa do planeta--, costumam se deslocar em diversas direções, gerando tremores de terra. Para se ter uma ideia, o terremoto que matou mais de 700 pessoas no Chile, em fevereiro do ano passado, tinha escala 8,8.
Quanto mais próximo do continente for o limite entre as placas que se moveram (local que corresponde ao ponto localizado na superfície da Terra chamado de epicentro), mais violentamente ele será sentido nas regiões próximas.
No caso de tsunamis, esse ponto é localizado em alto-mar e ocorre quando duas placas estão em contato e, de repente, a extremidade de uma entra embaixo da outra. A pressão gerada por essa descida súbita afeta a coluna de água acima, gerando a grande onda.
Como está no oceano, a intensidade do tremor é sentida com menor intensidade no continente, entretanto, o fenômeno desloca uma grande quantidade de água.
À medida que essa onda se aproxima do continente, ou seja, alcança uma região de menor profundidade, sua altura aumenta, e ela vai se transformando em um gigantesco "paredão" de água, com velocidade que pode chegar a 48 km/h quando alcança a região costeira.
O Japão sofre constante risco de terremotos e tsunamis por estar bastante próximo aos limites entre as placas tectônicas. O Brasil, ao contrário, localiza-se no centro de uma placa, o que reduz consideravelmente a chance de ocorrer um fenômeno como esse.
Na costa oposta da América do Sul, porém, há países em alerta, que podem ser atingidos pelo tsunami ainda nesta sexta-feira.
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