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Internacional
Sexta - 11 de Março de 2011 às 17:29

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O Consulado Geral do Japão em Curitiba registra nesta sexta-feira grande procura de pessoas por informações sobre parentes após o terremoto que devastou regiões do nordeste daquele país e matou ao menos 331 pessoas.

São moradores do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, área de jurisdição do consulado de Curitiba. As pessoas relatam que não estão conseguindo contato telefônico ou pela internet com seus familiares no Japão.

O cônsul Motohiro Hoshino disse que as pessoas estão sendo informadas de que o governo japonês já colocou à disposição sites com informações relatando as ações das autoridades para enfrentar os efeitos da catástrofe e ações de socorro às vítimas.

Outra informação que vem sendo repassada para as famílias a partir do consulado é a de que devem entrar em contato com o Itamaraty, órgão da chancelaria brasileira, ou a embaixada do Brasil no Japão para tentar obter mais informações sobre brasileiros que moram em território japonês.

O embaixador brasileiro no Japão, Marcos Galvão, afirmou nesta sexta-feira à Folha.com que ainda não há notícias de vítimas brasileiras. Segundo ele, as províncias mais atingidas foram Miyagi, Iwate e Fukushima, onde o número de brasileiros é cerca de 800. Ouça a entrevista com o embaixador

A Kyodo informou ainda que um número não especificado de casas ficou sob a água depois do rompimento da represa Dam em Fukushima. Não há informações ainda se havia moradores na área afetada ou qual a extensão dos danos.

A cidade foi uma das mais afetadas e teve 3.000 moradores retirados por danos a um sistema de resfriamento da usina nuclear Fukushima Daiichi, da Tokyo Electric Power. Os trabalhos para reparar o problema já foram iniciados..

"Nós temos uma situação em que um dos reatores não pode ser esfriado", disse o porta-voz do governo, Yukio Edano. "Nenhuma radiação vazou. O incidente não impõe riscos ao ambiente no momento", garantiu.

Além do tremor, o pior a atingir o Japão e um dos sete mais fortes do mundo, um tsunami de sete metros devastou a costa leste do Japão, deixando um rastro de destruição e arrastando carros, navios e até mesmo casas, além de causar incêndios fora de controle.

O terremoto ocorreu às 14h46 da hora local (2h46 em Brasília) e teve seu epicentro no Oceano Pacífico, a 130 quilômetros da península de Ojika, e a uma profundidade de 24,4 quilômetros, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

Desde então, mais de 50 réplicas atingiram o país, muitas delas acima de magnitude 6. O USGS utiliza uma medição baseada na escala aberta de Magnitude de Momento, que mede a área da falha que se rompeu e a totalidade de energia liberada. Nesta escala, um terremoto de magnitude 6 ou superior pode causar danos significativos em áreas populosas.

Horas depois, um tsunami atingiu o Havaí (EUA), sem causar maiores danos. Alertas foram enviados por todo o oceano Pacífico, desde a América do Sul, canadá, Alasca (EUA) e toda a costa oeste dos EUA. A Indonésia, o Havaí e as Filipinas, entre outros, determinaram a desocupação de áreas costeiras. Países da região como Taiwan, Austrália e Nova Zelândia, no entanto, já suspenderam o alerta.

Por causa do tsunami, a população japonesa foi orientada a fugir de áreas costeiras para terrenos mais elevados.

Foram registrados incêndios em pelo menos 80 lugares, segundo a agência de notícias Kyodo. A Kyodo também informou que uma embarcação com cem pessoas naufragou por causa do tsunami.






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