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Politica Brasil
Quinta - 10 de Março de 2011 às 19:37
Por: Robson Bonin

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Começou a tramitar nesta quinta (10) no Supremo Tribunal Federal pedido de inquérito com a finalidade de investigar a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF). O pedido foi formulado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

[A primeira versão desta reportagem informava que o Supremo havia aberto inquérito para investigar a deputada. Segundo a assessoria do STF, embora já apareça como tal no site do tribunal (com o número 3113), o inquérito só poderá ser considerado oficialmente aberto depois que o relator designado, o ministro Joaquim Barbosa, examinar o caso.]

A deputada aparece ao lado do marido, Manoel Neto, em um vídeo no qual o casal recebe um pacote de dinheiro das mãos de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

A assessoria da família Roriz informou ao G1 que a deputada não vai se manifestar sobre o pedido de inquérito porque não sabe qual é a acusação que pesa contra ela.

Por ser deputada federal, Jaqueline Roriz tem foro privilegiado. Por isso, precisa de autorização do Supremo para ser investigada.

No pedido de inquérito, Gurgel já faz duas solicitações ao ministro Joaquim Barbosa. Segundo a assessoria da PGR, o procurador-geral da República pediu autorização para que a Polícia Federal realize a perícia no vídeo e tome o depoimento de Jaqueline. Barbosa ainda não se pronunciou sobre os pedidos de Gurgel.

O registro do inquérito no site do Supremo traz apenas as iniciais da deputada. Desde o ano passado, o Supremo omite o nome completo para preservar os investigados. O ministro Joaquim Barbosa vai analisar as evidências reunidas no caso para só então elaborar seu parecer.

Mensalão do DEM
O chamado "mensalão do DEM" envolveu pagamento de propina a deputados da base aliada, empresários e integrantes do governo do Distrito Federal. O suposto esquema de corrupção foi desvendado pela Polícia Federal, em novembro de 2009, a partir da operação Caixa de Pandora.

A investigação levou à prisão e à cassação, no ano passado, do então governador José Roberto Arruda (atualmente sem partido; na época no DEM). O vice de Arruda, Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM), assumiu o governo depois que o então governador pediu afastamento, mas renunciou para defender-se das acusações. Ambos sempre negaram envolvimento com o suposto esquema.

No ano passado, por conta da crise política, o Distrito Federal esteve ameaçado, durante meses, de intervenção federal. Após a renúncia de Paulo Octávio, em fevereiro de 2010, o então presidente da Câmara Distrital, Wilson Lima (PR), assumiu o governo.

Lima deixou o cargo depois que a Câmara elegeu para governador o então deputado distrital Rogério Rosso (PMDB). Ele concluiu o mandato iniciado por Arruda e permaneceu até a eleição de outubro, cujo ganhador foi Agnelo Queiroz (PT), atual governador.

 






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