Ao anunciar a contratação de Carlos Alberto, o Grêmio sabia os riscos que corria ao acertar a vinda de um jogador habilidoso, mas com um currículo de confusões mais considerável nos últimos anos do que as atuações dentro de campo. Apesar de ter chegado com uma hora e meia de atraso na segunda-feira, após três dias de folga, o comportamento fora do ambiente profissional não tem sido um problema, e sim seu rendimento nas partidas.
Com a bola, Carlos Alberto não tem produzido um desempenho condizente com um homem de criação. Na fase defensiva, ele tem se mostrado pouco efetivo. No empate por 2 a 2 com o Caxias, que culminou com a conquista do primeiro turno do Campeonato Gaúcho pelo time tricolor nos pênaltis, o jogador voltou a destoar.
A paciência não é um dos fortes de Renato Gaúcho. Se é preciso mudar, ele não espera. E pela segunda vez, Carlos Alberto deixou o gramado ainda no primeiro tempo, cedendo espaço para Bruno Collaço. A outra ocorreu diante do Junior de Barraqnuilla, na Colômbia. Em ambas, a troca surtiu efeito positivo no time.
A contratação do atleta foi um pedido do técnico, que, confiando nos seus instintos, pede tempo para encaixar Carlos Alberto. "O problema do Carlos Alberto é que ele vinha colocando a camisa e jogando. Ele não vinha sendo educado. Temos que reeducá-lo a jogar taticamente. Ele não desaprendeu a jogar", explicou.
Na visão do comandante gremista, Carlos Alberto vinha sofrendo com contusões no Vasco e entrado em campo sem tempo para treinar e pouco orientado.
As fracas exibições geram controvérsias entre os torcedores. Ao ser substituído, os aplausos contrastaram com as vaias nas arquibancadas.
Cerne da questão, o jogador não tocou no assunto. Para ele, o momento era de comemoração. "Estou feliz demais. O importante é ser campeão. O resultado é o que mais importa. Temos que valorizar a conquista. Não tem que falar de nada mais além disso", disse.
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