O ex-governador mineiro Aécio Neves (PSDB) jogou panos quentes hoje sobre as pressões do DEM para indicar o candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB) à Presidência da República. Segundo Aécio, cabe ao ex-governador paulista fazer a escolha e não deverá haver rusgas na campanha após a decisão.

"Da nossa parte, e acredito que da parte do DEM, há uma compreensão de que caberá a ele, avaliando as suas circunstâncias e o leque de apoios que tem, fazer a indicação do vice. Terá o nosso apoio, pode ser do DEM, do PSDB, ou mesmo de fora desses partidos", afirmou.

Aécio disse garantir que, "tomada a decisão, não haverá qualquer defecção, qualquer esfriamento no engajamento na campanha". Serra e ele se encontrarão nesta segunda-feira em Uberaba (MG).

O mineiro participou da convenção estadual do PTB, que declarou apoio à reeleição do governador Antonio Anastasia (PSDB). Após afirmar que petebistas e tucanos estão juntos de forma "natural", ele alfinetou, indiretamente, a aliança PT-PMDB no Estado.

"Eu acredito muito em coisas naturais, não em imposições, alianças forçadas, que vêm de cima para baixo. Porque elas não se traduzem em apoio da militância", disse.

Por imposição do PT nacional, os petistas mineiros não terão candidato próprio ao governo e apoiarão Hélio Costa (PMDB). Os peemedebistas temem agora que os militantes do PT não se engajem na campanha. Por isso pressionam o ex-ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), com bom trânsito na base petista, a aceitar ser vice de Costa.