Mato Grosso atraiu mais de R$ 11 bi nos últimos 7 anos

As políticas de incentivo para atração de empresas vão se mostrando cada vez mais vitais para estados localizados no interior do Brasil. Mato Grosso parece não apenas ter compilado as melhores estratégias, como também está sabendo divulgar seus potenciais. De 2003 até o momento 474 empresas se instalaram no Estado, consolidando investimentos de mais de R$ 11 bilhões. A crise financeira internacional que abalou planos e projetos em nível mundial, passou, literalmente passou pelo Estado e fez de 2009 o melhor ano em atração de novos negócios com crescimento de 219% sobre os investimentos concretizados em 2008.

Conforme balanço das ações de desenvolvimento econômico apresentadas ontem pelo secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, em Cuiabá, 2009 contabilizou em volume de investimentos cifras jamais registradas na história do Estado. Somente de janeiro a outubro, 76 empresas confirmaram instalação em solo mato-grossense, gerando um aporte de R$ 4,54 bilhões, contra, R$ 1,42 bilhão aplicados de janeiro a outubro do ano passado, por outras 76 empresas. Segundo Nadaf, o volume total de investimentos via Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic) deverá atingir R$ 5 bilhões em 2009. As empresas enquadradas no programa de concessão de benefício fiscal até 2008 geraram investimentos de pouco mais de R$ 6 bilhões. “Considerando o ritmo de 2009 que poderá gerar R$ 5 bilhões com o que já está consolidado, vamos ultrapassar R$ 11 bilhões”.

O fortalecimento da matriz econômica mato-grossense, como frisa Nadaf, se dá sem sobreposição do principal motor local, o agronegócio, pelo contrário, “as indústrias que chegam vem atrás da farta matéria-prima e agregam valor à nossa produção. Nosso parque industrial se diversifica, expandimos as exportações e mantemos títulos de grandes produtores agrícolas do Brasil”. Para Nadaf, além do potencial natural, as vantagens mato-grossenses são referenciadas por meio de uma gestão política competente, melhor divulgação e também, por meio das missões internacionais.

Se por um lado as empresas agregam valor aos produtos locais, “vendemos óleo de soja ao invés da soja em grão que custa menos para quem compra”. Neste mesmo período de comparação, sete anos, o Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma das riquezas produzidas no Estado, expandiu 57,76%, saltando de R$ 27,88 bilhões em 2003, para R$ 44 bilhões em 2008. A previsão do secretário é de que a taxa de crescimento anual chegue a 13% em 2009, percentual que se confirmado, manterá o apetite do ‘Tigre Pantaneiro’, numa alusão do ritmo de crescimento da economia chinesa, a maior do mundo. “Por meio de tanta evolução, se antes corríamos atrás das empresas, agora são elas que correm atrás do nós”, brincou. Ele lembra que o Fundo Constitucional de Financiamento para o Centro-Oeste (FCO), prevê orçamento suplementar de cerca de R$ 100 milhões nos próximos anos por conta da Copa Mundo de 2014, em Cuiabá. Além do Prodeic e do FCO, outros incentivos são ofertados no Estado.