Consumo de cimento cresce cerca de 20% ao ano em Mato Grosso

O mercado da construção civil é um dos que mais crescem no estado de Mato Grosso e consequentemente o consumo de cimento tem aumentado significamente desde 2007. Somente em 2008, o crescimento foi de 18,4% comparado a 2007, ano em que o número já era elevado, ultrapassando o aumento brasileiro, estimado em 16,2%.

Em 2007, o crescimento já havia sido elevado alcançando 19,4% se comparado a 2006, ano em que o mercado apontou queda de 4,9%. “É surpreendente a reação do setor”, afirmou a gerente do grupo Votorantim, responsável pela região Centro Norte, Lidiane Blank.

Para 2009, ainda não há uma estimativa real, porém Blank informou que somente no mês de novembro as vendas da Votorantim estão 19% acima se comparado com o mesmo mês de 2008. De acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimentos, até agosto deste ano Mato Grosso foi responsável pelo consumo de 665 mil toneladas de cimento, enquanto no mesmo período de 2008 foi de 640 mil toneladas.

Para a gerente, este crescimento elevado ocorreu por vários motivos, dentre eles, o aumento de construção habitacional incentivados pelos programas Estadual e Federal. Além do aumento de poder aquisitivo da população e a política de incentivo realizada pelo governo.

“O sonho do brasileiro ainda é a casa própria e o aumento do poder aquisitivo da população faz com que as pessoas invistam ou na construção da residência ou na compra e reformas”, explicou.

Além disso, muitas empresas do segmento migraram para Mato Grosso por perceber que o mercado era carente e isto incentivou a construção civil. Empreiteiras vieram com força total para o Estado e têm investido pesado na construção de residencial e prédios.

Junto com este aumento de consumo veio a falta de cimento no mercado. Mato Grosso conta apenas com uma fábrica de cimento no Estado e até o ano passado a Votorantim Cimentos era responsável por abastecer além de Mato Grosso, Acre e Rondônia. Porém, com o plano de expansão realizado pelo grupo Votorantim no Brasil, Lidiane Blank garante que a falta de cimento está resolvida até 2011.