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Economia
Quarta - 11 de Novembro de 2009 às 16:53

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Cem por cento dos trabalhadores do grupo mato-grossense Destilaria de Álcool Libra aprovaram em assembleia o plano de recuperação judicial da empresa. A usina sucroalcooleira é a primeira do país a obter a aprovação da assembleia geral de credores ao seu plano de recuperação judicial. A assembleia aconteceu no salão paroquial da igreja matriz de São José do Rio Claro e movimentou a cidade por algumas horas.

A assembleia de credores reuniu mais de 1076 pessoas entre funcionários, fornecedores e bancos interessados na recuperação da Libra. salão paroquial da igreja matriz de Rio Claro.

A empresa devia R$ 2,62 milhões a 927 funcionários, R$ 85,18 milhões de nove credores possuidores de garantias reais e R$ 161,8 milhões de 140 credores chamados quirografários (sem garantias).

Com total de dívidas de R$ 280 milhões, a empresa conseguiu carência de 30 meses e até 20 anos para quitar seu passivo financeiro e e descontos de até 70% em débitos para pagamento à vista.

Durante a assembleia ficou definido que a Libra cederia a credores duas fazendas, além de um terreno urbano em Cuiabá para amortização de dividas. Três credores, responsáveis por R$ 45 milhões dessas dívidas, rejeitaram o plano de recuperação. A Petrobra, os representantes do ex-Bamerindus e Banorte não aceitaram os termos propostos pelo grupo.

"Alguns credores estavam brigando há dez anos na Justiça e conseguiram acertar suas contas nesa assembleia", diz o advogado especialista Euclides Ribeiro Jr., sócio da ERS Consultoria.

Com capacidade de processar 1 milhão de toneladas anuais de cana-de-açúcar e produzir 80 milhões de litros de etanol, a Libra emprega 2 mil funcionários. Situada a 300 km da capital Cuiabá a industriaa é responsável por 60% da arrecadação municipal de tributos da cidade. È dirigida pelo presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool), Piero Parini.

Segundo Ribeiro Junior a Libra também atribuiu a aprovação do plano de recuperação judicial à autorização do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para a venda de estoques de etanol dados em garantia à Piran Factoring para quitar débitos, autorizada no inicio de outubro. "Sem isso, a empresa não teria conseguido renegociar as dívidas", diz o advogado Euclides Ribeiro Jr.





Fonte: Assessoria de Imprensa ERS Advocacia e Consultoria

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