Apontado como avanço da política ambiental, MT Legal terá primeiras certidões dia 16 de novembro
"Dia 16 de novembro o governador entrega as primeiras certidões provisórias para dizer que falamos e cumprimos", informa o secretário-chefe da Casa Militar, Alexander Maia, que acompanha a discussão ambiental e a interlocução internacional desde o primeiro mandato do governo Maggi.
O programa MT Legal, a redução de desmatamento no Estado de Mato Grosso e a aquisição pelo governo de imagens de alta definição para monitorar propriedades e calcular passivos ambientais são algumas ações a serem levadas como exemplo para a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas em Copenhague, em dezembro, explica o secretário estadual do Meio Ambiente, Luiz Henrique Daldegan. Os instrumentos de prática ambiental para preservação da floresta são de consenso e aplicadas conjuntamente pelo governo, Organizações Não-Governamentais (ONGs) e agricultores.
A avaliação sobre as políticas ambientais foi parte da reunião do governador e secretários nesta terça-feira (13.10) com ambientalistas, sojicultores e setor sucroalcooleiro no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. O programa governamental MT Legal prevê o cadastramento e regularização de 100% das propriedades no Estado e consta do Termo de Cooperação Técnica "Pacto Ambiental", assinado há dois anos entre produtores de soja, por meio da sua associação (Aprosoja), e o governo estadual.
O diretor da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Ricardo Arioli Silva, disse que o pacto assinado pela sua instituição previa o comprometimento de produtores em suspender plantio em Àrea de Preservação Permanente (APP), o que foi feito. Essa atitude, conta, é sinal positivo na melhoria da imagem do setor e do próprio Estado no que diz respeito a uma produção sustentável.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, apontou um avanço desde o Pacto Ambiental na própria forma de pensar do produtor. "Houve consciência dos produtores. Em 2006 não tínhamos consciência da preservação da Área de Preservação Permanente, APP", reconheceu.
O diretor da Aprosoja também explicou que após a assinatura do Pacto Ambiental em 2007 na Bienal dos Negócios da Agricultura em Cuiabá, a Aprosoja e a ONG The Nature Conservancy (TNC) lançaram o projeto "Soja Mais Verde", resultado também do entendimento de uma produção equilibrada com a preservação do meio ambiente. Com a mesma organização ambiental, Arioli citou outro exemplo do governo de Mato Grosso no lançamento de uma cartilha para informar produtores rurais a respeito da legislação sobre APP e a necessidade da demarcação desse território nas propriedades.
O representante do Instituto Socioambiental (ISA) na reunião, André Villas-Bôas, identificou "o programa MT Legal e o pacto contra o desmatamento como algo importante" dos atores envolvidos terem saído do discurso para a prática.
Comentários