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Economia
Sexta - 09 de Outubro de 2009 às 02:50
Por: Fabrícia Peixoto

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O sistema de supervisão bancária e financeira adotado no Brasil é considerado pelo Fórum Econômico Mundial como o “mais eficaz do mundo”.

O relatório anual sobre desenvolvimento financeiro, divulgado nesta quinta-feira pela entidade, traz o país em primeiro lugar nesse quesito, ao lado de Suíça e Hungria. Ao todo, 55 economias foram analisadas.

De acordo com o estudo, a recente crise financeira "enfatizou a importância da regulação do sistema e dos impactos que as falhas nesse quesito podem ter sobre a economia real".

O relatório diz que o poder de supervisão oficial inclui, por exemplo, "a habilidade de um país em declarar a insolvência de instituições financeiras, de reestruturá-las e de adotar medidas corretivas de forma rápida".

O país também foi bem avaliado em vulnerabilidade externa (12º lugar), dívida externa (3º) e estabilidade da moeda (3º).

Ineficiências

Apesar do bom desempenho em supervisão bancária, o Brasil apresenta resultados abaixo da média na maioria dos quesitos analisados. Na média geral, o país ficou em 34º lugar, subindo seis posições em relação ao ano passado - o melhor desempenho no período.

Os líderes do ranking deste ano são Grã-Bretanha, Austrália e Estados Unidos "que ainda apresentam o melhor ambiente institucional financeiro do mundo, apesar de terem gerado a recente crise".

A Venezuela aparece em último lugar no ranking geral.

Os autores do estudo ressaltam que o Brasil permanece "relativamente fracos” no que diz respeito a questões regulatórias e legais (49º lugar), ao alto custo de se manter um negócio (43º), ao desenvolvimento de capital humano (42º) e à confiabilidade de seus políticos (52º).

Além disso, o Brasil aparece em último lugar no ranking que avalia a eficiência de cobrança de impostos nos 55 países.

O relatório diz que o desenvolvimento financeiro de um país tem "forte ligação" com o desenvolvimento sócio-econômico.

Segundo os autores, o ganho real dos brasileiros, entre os mais pobres, poderia ter crescido a uma média de 1,5% por ano no período de 1960 a 1999, se o país tivesse atingido o mesmo desenvolvimento financeiro da Coreia. Nesse período, a renda média cresceu 0%, de acordo com o relatório.





Fonte: BBC Brasil

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