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Economia
Quarta - 07 de Outubro de 2009 às 02:45

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O dólar teve um dia de baixa nos mercados internacionais nesta terça-feira, e o real fechou com sua maior cotação frente a moeda americana desde 8 de setembro do ano passado – ainda antes da quebra do Lehman Brothers que agravou a crise financeira mundial.

No Brasil, o dólar fechou o dia cotado a R$ 1,75, com desvalorização de 0,51%. É o menor valor desde os R$ 1,73 de 8 de setembro de 2008.

A moeda americana também caiu no câmbio com a moeda japonesa e encerrou o dia negociado a 88,82 ienes, contra os 89,51 ienes da segunda-feira.

Em Nova York, o euro subiu de US$1,464, cotação de segunda-feira, para US$1,471 no final da tarde desta terça-feira.

Com relação ao dólar australiano, a moeda dos Estados Unidos fechou o dia na menor cotação em 14 meses. O dólar americano encerrou as negociações cotado a 1,124 dólares australianos, em comparação a cotação de 1,137 registrada na segunda-feira.

A fuga do dólar por parte dos investidores também elevou o valor do ouro ao seu maior valor na história: a onça-troy (31,104 gramas) encerrou o dia cotada a US$ 1.043,77.

O recorde anterior havia sido alcançado em março do ano passado, quando a onça-troy chegou a ser vendida por US$ 1.032,80.

Juros

A queda do dólar foi impulsionada em parte pela decisão do Banco Central da Austrália de aumentar as taxas de juros – uma tendência que pode ser seguida por outros países, deixando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para trás, já que mantém os juros baixos nos EUA.

O Reserve Bank of Australia aumentou a taxa de juros em 0,25 ponto percentual para 3,25% e foi um dos primeiros a subir os juros após a crise.

Além do impacto da decisão australiana, o dólar também foi pressionado por uma reportagem publicada pelo jornal britânico Independent - e depois desmentida por autoridades árabes - afirmando que países do Golfo Pérsico estudam substituir o dólar como principal moeda para o comércio de petróleo.

A possibilidade de inflação alta nos Estados Unidos e dúvidas sobre a recuperação da economia americana também têm abalado o valor do dólar - e, assim, contribuído para o aumento da cotação do ouro.

Analistas dizem que o preço do metal pode subir ainda mais até o final do ano, período em que a demanda por joias aumenta por causa do Natal e do festival indiano de Diwali.

Um dos motivos apontados para a alta do ouro foi o aumento da busca dos investidores por metais preciosos, diante da desvalorização do dólar.

"Após (o colapso do banco) Northern Rock e a crise nos mercados, mais e mais pessoas começaram a investir em ouro", diz Adrian Ash, chefe da empresa britânica Bullion Valt, que atua no mercado de metais preciosos.

"O ouro é um investimento físico, não está sujeito à sobrevivência de um banco", acrescentou.





Fonte: BBC Brasil

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