Acrimat diz que ‘moratória’ pode baixar preço da arroba e aumentar o da carne

O impacto financeiro para pecuarista e o consumidor será grande.

Cuiabá (MT) 05 de outubro de 2009 – As empresas Marfrig, Bertin, JBS-Friboi e Minerva assinaram hoje em São Paulo, o compromisso de não mais aceitar fornecedores envolvidos em novos desmatamentos no bioma Amazônia e adotaram um programa de seis pontos que inclui prazos para cadastro das fazendas fornecedoras diretas e indiretas e o monitoramento rigoroso do desmatamento ao longo da cadeia produtiva. Associação dos criadores de Mato Grosso – Acrimat, continua perguntando como esses critérios serão definidos, que regras são essas de forma clara e objetivas, quem vai pagar a conta da implantação.

“Estamos preocupados com o impacto financeiro na vida do pecuarista e do consumidor final, pois o frigorífico não produz o boi e nem consome a carne. Esses critérios poderão pressionar o preço da arroba para baixo, se não adotarem regras claras e exequíveis, e aumentar o preço da carne para o consumidor, alegando produto com valor agregado, com certificação ambiental”, disse o diretor e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Acrimat, Vicente Falcão.

A Acrimat ressalta a importância para o produtor em preservar o meio ambiente, pois ele depende dele para desenvolver sua atividade. “Já deixamos bem claro que os pecuaristas são a favor da preservação ambiental, que não concordam com o desmatamento ilegal, com a produção em área de preservação e indígena, queremos a rastreabilidade, o cadastramento das propriedades e a legalização ambiental. Porém, muitos desses pontos não dependem só produtor, mas principalmente do poder público. Diante disso, como podem cobrar prazo do produtor, se dependemos de regras claras e de terceiros para nos adequarmos às leis? Até quando irão discutir questões que envolvem diretamente o pecuarista sem consultá-lo?”