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Economia
Quarta - 19 de Agosto de 2009 às 17:40
Por: Eduardo Cucolo

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O Brasil e a Argentina assinaram hoje um memorando de entendimentos para firmar um acordo de troca de moedas no valor de R$ 3,5 bilhões (US$ 1,8 bilhões ou 7 bilhões de pesos). Na prática, isso deve significar um crédito para o país vizinho, que enfrenta dificuldade de conseguir dinheiro no exterior desde o calote do início da década.

Os bancos centrais dos dois países ainda terão de fechar os detalhes do acordo, que não tem prazo para sair. O entendimento foi assinado hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pelo ministro da Economia e Produção da Argentina, Amado Boudou.

De acordo com Mantega, o acordo deve seguir os moldes do entendimento que já existe entre Brasil e EUA, que permite uma troca no valor de US$ 30 bilhões.

Por esse mecanismo, o Brasil terá 7 bilhões de pesos disponíveis por parte da Argentina. O país vizinho, por outro lado, terá um crédito de R$ 3,5 bilhões para saque. Quem sacar o dinheiro, caso isso ocorra, terá de pagar juros, que deve ser fixado pela taxa básica de cada economia.

"Não é exatamente uma linha de crédito, mas pode ser usada como tal. É como um cheque especial. É um apoio recíproco entre os dois países. É como o cheque especial, se você usar, paga juros", disse Mantega.

Já o ministro argentino disse enxergar o acordo mais como um reforço das reservas internacionais. Nesse caso, o valor de US$ 1,8 bilhão tem muito mais importância para o país vizinho. Hoje, as reservas do Brasil estão em 213 bilhões, enquanto as da Argentina somam US$ 44 bilhões.

"Esse empréstimo tende a ser um instrumento de fortalecimento das reservas em um momento de crise no mercado financeiro", disse o ministro argentino.





Fonte: Folha Online

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