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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 06 de Agosto de 2009 às 10:33

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A mobilização de 1.554 pecuaristas credores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Minas Gerais é grande. Hoje, representantes dos cinco estados onde o Independência atua, se reúnem na parte da manhã, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) para traçar uma proposta unificada de mudanças no Plano de Recuperação Judicial apresentado pelo Independência.

“Essas propostas serão apresentadas na parte da tarde aos representantes do frigorífico Independência. De concreto, o que sabemos, é que a objeção ao Plano é um ponto unânime entre todos os credores. Do jeito que está não aceitamos em hipótese nenhuma”, disse o representante da Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat e presidente da Comissão de Produtores Credores de Frigoríficos em Recuperação Judicial da Famato, Marcos da Rosa.

A dívida do Independência de mais de R$100 milhões com os pecuaristas e representa 5,6% da dívida total da empresa e, segundo a Acrimat, de acordo com a proposta apresentada no Plano de Recuperação, as dívidas de até R$ 80 mil, que englobam 985 produtores (63,38%), toalizando R$ 34,45 milhões serão pagas à vista. Esse valor representa 17,75% do valor total devido aos credores pecuaristas.

“Esse ponto da proposta ainda está vinculado a obtenção de um empréstimo no valor de R$ 330 milhões, sem uma data definida, por isso não podemos dizer os R$ 80 mil serão pagos à vista. Além disso, a dívida acima desse montante (R$ 80 mil) seria paga em 36 meses, sem nenhuma garantia. Não podemos aceitar. Somos os fornecedores de toda essa cadeia e ainda por cima, as empresas trabalham com nosso capital de giro por 30 dias, sem pagar juros, ou melhor, entregamos nosso produto sem nenhuma garantia de receber. Os frigoríficos deveriam pagar os pecuaristas, pois representa pouco mais de 5% de sua dívida, e com isso continuar recebendo o principal produto para voltar ao mercado, que é o boi”, comentou o representante da Acrimat.

Mas, apesar da crise os querem que o Independência volte a abater. Só aqui em Mato Grosso, as cinco plantas frigoríficas do grupo são responsáveis pelo abate de 3.450 cabeças/dia. No município de Confresa o abate era de 1000 cabeças/dia; em Juína 500/dia; Nova Xavantina 750/dia e em Pontes e Lacerda 1200cabeças/dia. “Precisamos que o Independência volte a funcionar, pois o perigo de um monopólio é muito ruim para o setor. Queremos encontrar uma maneira de colaborar com a solução do problema, mas não podemos aceitar o que estão nos propondo”, disse Marcos da Rosa.

“A Associação dos Criadores de Mato Grosso apóia os pecuaristas. Estamos empenhados e atuantes nessa questão, pois o produtor não pode pagar uma conta de mais de R$ 120 milhões que os três principais frigoríficos que operam em Mato Grosso (Arantes , Independência e Quatro Marcos) devem para os produtores”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. “Essa crise já dura mais de 8 meses e os pecuaristas estão sem capital de giro e sem estímulo para continuar entregando seu gado sem nenhum garantia. Precisamos encontrar alternativas para que o produtor volte a acreditar, sem se preocupar com o calote”, disse.





Fonte: Redação TVCA

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