Nelsinho aponta "sacanagem" da Renault e cogita mudar de equipe na F-1
"Tenho que trabalhar, conversar com todo mundo, ver quais são as portas que estão abertas. Esse é um trabalho que já vem sendo feito", disse o piloto, em entrevista à rádio Jovem Pan.
O brasileiro, que ainda não marcou nenhum ponto no ano, teve sua demissão cogitada após a última corrida, na Alemanha, mas ganhou sobrevida e vai correr o GP da Hungria, neste final de semana, em Hungaroring.
O piloto, no entanto, diz não saber o que acontecerá daí para frente e criticou as cobranças que vem sofrendo de Briatore, principalmente por não ter tido até agora um carro igual ao de seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso --na Hungria, os dois terão o mesmo equipamento.
"Queria saber [sobre seu futuro na Renault]. Estou aqui para correr, enquanto meu pai está para resolver os pepinos. Se eu soubesse, estaria ótimo. O Flávio tem as vontades dele, e o meu pai, as dele. Não posso fazer nada, só entrar no carro e andar", falou Nelsinho.
"No ano passado, tudo bem [existirem a cobrança de Briatore]. Em muitas corridas eu vacilei, mas nesse ano não, em um terço das corridas e não tive um carro igual [ao de Alonso], tinha um carro três décimos mais lento, isso atrapalha. Se eu tivesse o mesmo carro toda corrida, eu marcaria mais pontos", continuou.
"No ano passado ele [Briatore] fez muito isso [cobrar], aí no começo desse ano ele se acalmou, pois os carros não eram iguais. Mas, de repente, voltou a cobrar tudo de uma vez e esqueceu que os carros não são iguais? É um pouco de sacanagem. Mas o Flávio é o Flávio, e ninguém entende o que ele pensa. Todo mundo me pergunta 500 vezes por dia o que acontece, e tenho que dizer o que está acontecendo", finalizou.
No treino livre desta sexta-feira, em Hungaroring, Nelsinho fez apenas o 16º melhor tempo do dia, com 1min22s927. Seu colega de time, o bicampeão mundial Fernando Alonso, foi o 12º, com 1min22s793. O melhor do dia foi o inglês Lewis Hamilton, da McLaren, com 1min22s079.
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