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Politica Brasil
Sábado - 18 de Julho de 2009 às 13:49

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A comandante-geral-adjunta da PM, Lilian Tereza Vieira Lima, já deveria ter se aposentado desde 21 de abril do ano passado, data em que completou 5 anos no posto de coronel, conforme reza o Estatuto da PM sancionado pelo governador Blairo Maggi. São 18 cadeiras de coronel. Enquanto não se abre vaga à promoção para a principal patente da carreira militar, 30 dos 54 tenentes-coronéis continuam na fila de espera. As promoções dentro da PM envolvendo oficiais e praças ocorrem geralmente em 3 datas: 21 de abril, 5 de setembro, dia da fundação da Polícia Militar; e 25 de dezembro.

Lilian foi a primeira mulher mato-grossense a assumir posto de coronel. A promoção partiu do próprio Maggi, em 2003, logo no primeiro ano de sua administração. Agora, o chefe do Executivo posterga a decisão de mandá-la para a reserva e, para evitar críticas, recorre ao pretexto de que Lilian ocupa cargo com status de primeiro escalão do governo. Ante assumir o segundo escalão, como adjunta do comando-geral da PM, Lilian foi comandante do Pelotão Feminino, diretora de Recursos Humanos da PM, da Academia de Polícia Costa Verde e da escola estadual Tiradentes. Também atuou como comandante regional de Rondonópolis, coordenadora militar do Tribunal de Justiça e diretora de Inteligência.

Outros cinco coronéis já deveriam estar na reserva remunerada, mas postergam ao máximo os processos de aposentadoria, mesmo sendo mantidos com salário mensal de R$ 12 mil. Nos bastidores, o comentário é de que eles resistem a transferência para a inatividade com o propósito de continuar tendo uma série de privilégios e regalias. Acontece que, na ativa, podem participar de um Conselho, que ajuda nas deciões de cúpula, ter maior poder de influência e direito ao usufruto de veículo, estadia, aparelho celular e outras despesas bancadas pelo Estado, além de geralmente ficarem à frente de algum comando regional.

Outros casos

O comandante-geral da PM Campos Filho é outro que já deveria estar na reserva, mas age como se ainda tivesse algum tempo para completar os 30 anos de serviços prestados e/ou menos de 5 na patente de coronel. A mesma manobra é utilizada pelos coronéis Adaildon Evaristo de Moraes, que foi preso recentemente sob acusação de cometer vários crimes relacionados a grilagem de terra, e Jorge Roberto Ferreira da Cruz.

Na última promoção, em abril deste ano, o governador mandou para a reserva remunerada Orestes de Oliveira, Jorge Roberto Ferreira da Cruz e Victor Hugo Metello de Siqueira. Metello recorreu à Justiça contra o ato e retornou à ativa. A PGE conseguiu derrubar a liminar e levou o governador a decretar de novo a aposentadoria do coronel. Jorge da Cruz também já poderia se aposentar. Enquanto isso, o governador promoveu a coronel o seu secretário-chefe da Casa Militar, Alexander Maia.





Fonte: RD News

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