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Politica Brasil
Sexta - 17 de Julho de 2009 às 08:49

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O deputado Wellington Fagundes, que se licenciou nesta quinta da Câmara por um período de 121 dias, revelou a seus correligionários que vai "empurrar com a barriga" a pré-candidatura a senador até onde for possível. Ele chamou aliados mais próximos, como o deputado Jota Barreto, para uma reunião no Hotel Taiamã, em Cuiabá. Fagundes disse que, publicamente, manterá o projeto à senatória, mas que não pode abrir mão de outras possibilidades, como a de disputar, pela sexta vez, a cadeira de federal. O projeto majoritário não passaria, então, de um balão-de-ensaio.

Sem alarde, ele tem utilizado o pretexto da pré-candidatura à senatória para assumir a presidência do diretório estadual do PR, partido que tem o governador Blairo Maggi como principal referência. Apesar de ter surgido há cerca de dois anos, com a fusão do PL com o Prona, o Partido da República se tornou a maior sigla do Estado, com 33 prefeitos, 17 vice, 228 vereadores, 6 deputados estaduais e 2 federais. Fagundes está de olho no controle da agremiação, assim como fez por vários anos com o velho Partido Liberal. Uma das regras impostas pela cúpula como critério de escolha do futuro dirigente, que substituirá Moisés Sachetti a partir do próximo dia 31, é de não ser candidato na proporcional. Já quem pleiteia candidatura majoritária, como seria o caso de Fagundes, está livre para assumir a legenda. É aí que entra a manobra do deputado, que já conseguiu "convencer" a bancada republicana na Assembleia e o seu colega na Câmara Federal Homero Pereira.

Nos bastidores, o comentário é de Wellington Fagundes usará o trunfo de virtual candidato a senador para ganhar a direção do PR. Depois, já no período das convenções, estaria pretenso a "jogar a toalha" e entrar na disputa à reeleição, o que não daria mais tempo para o partido definir um novo presidente. Desse modo, o deputado prosseguiria no comando da legenda, com poder de barganha e à frente das negociações políticas sobre arco de alianças.

Derrotado duas vezes para prefeito de Rondonópolis, Fagundes "patina" como pré-candidato a senador. Seu nome não tem empolgado nem mesmo a cúpula do PR. Enfrenta resistência da turma da botina, grupo próximo do governador. O parlamentar se lançou no páreo, após a desistência do governador Maggi. O problema é que os republicanos estão carentes de quadros com visibilidade eleitoral. Os poucos que poderiam ser opção em chapas majoritárias, se mostram cautelosos.

Enquanto isso, o tucanato, que já "reinou" no Estado durante os 8 anos do governo Dante de Oliveira, começa a ganhar força como voz da oposição com a pré-candidatura ao Palácio Paiaguás do prefeito cuiabano Wilson Santos, mesmo se tratando de um PSDB praticamente esfacelado no Estado. Os democratas (ex-pefelistas) correm por fora, mas afinados com a legenda tucana. Maggi, determinado a ficar fora do processo eleitoral de 2010, assiste a tudo à distância. Sua torcida é pela viabilidade da candidatura do vice-governador Silval Barbosa (PMDB).





Fonte: RD News

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