Morre segunda pessoa com suspeita de hantavirose em Tangará da Serra

Uma mulher morreu na madrugada da última terça-feira em Tangará da Serra com suspeita de hantavirose. Esta já é segunda morte em menos de uma semana que possivelmente foi causada pela doença. Sônia Galhardo Silva morreu depois de dar entrada na UTI do Hospital das Clínicas. O quadro de saúde piorou, ela sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu. A princípio os médicos acreditavam que seria dengue hemorrágica. Mas diante de exames e de informações clínicas houve a hipótese da contaminação pela doença. Segundo um dos parentes da vítima, Sônia teria ido em sua propriedade no assentamento Bezerro Vermelho onde uma casa estava sendo construída. Mas antes disso permaneceu por quase 60 dias em Sapezal. Depois de retornar já começou a apresentar sintomas da doença. Ainda segundo ele há relatos de moradores da região de que há mais dois casos suspeitos e que no local existe uma grande quantidade de ratos.

Na semana passada Guner Duarte foi internado na UTI do Hospital das Clínicas em estado grave apresentando os sintomas da doença vindo a morrer. Segundo a família o mesmo teria ido a um pesqueiro na região de Barra do Bugres e apresentou sintomas que de início aparentavam ser de uma gripe.

COLETIVA - Uma coletiva realizada na tarde de ontem no auditório da Unidade Mista de Saúde (UMS) com a presença de membros da saúde esclareceu a situação dos casos suspeitos de hantavirose que matou duas pessoas no município. Assuntos relacionados a transmissão, incubação, sintomas e tipo do rato que transmite a doença, bem como os locais que as vítimas estavam onde possivelmente contraíram o vírus foram abordados. Participaram da coletiva, o secretário municipal de saúde Mário Lemos, coordenadora da UMS Jucélia Pereira Luz, médico infectologista Alessandro Zuchetto e o clínico geral do município Eli Ambrósio do Nascimento. De acordo com o secretário municipal de saúde Mário Lemos, a partir do momento em que houve a suspeita da doença, a Vigilância contactou as pessoas que moram na localidade onde os pacientes possivelmente foram infectados para que exames fossem realizados, comprovando se haveria ou não o risco da doença. Apesar de que as pessoas que supostamente contraíram a doença terem morrido no município, o secretário ressalta que a contaminação aconteceu em outras regiões.