Dólar fecha a R$ 2,30; Bovespa avança 0,95% de olho em NY

As corretoras de câmbio trocaram o dólar comercial por R$ 2,301 conforme as últimas operações registradas nesta quinta-feira. O valor representa um decréscimo de 2,12% sobre a cotação de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,430, em baixa de 1,21%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valoriza 0,95% e marca os 39.172 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 3,68 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York dispara 3,21%, com boas notícias sobre a General Motors, uma das empresas mais afetadas pela crise financeira global, além do bom desempenho das ações do setor financeiro.

Profissionais de mercado relataram um forte fluxo de operações na jornada de hoje, acentuando à medida em que a recuperação das Bolsas americanas se tornava mais aguda. "O movimento foi muito grande e muitas empresas de comércio exterior que estavam segurando operações aproveitaram para fechar negócios hoje", comenta Fernando Bergallo, da mesa de operações da corretora Intercam.

A virada do índice Dow Jones, que disparou cerca de 3% no dia ajudou a amenizar a forte aversão ao risco que predomina no mercado nos últimos meses. Os preços das commodities (matérias-primas) também subiram com força --o destaque é a alta de quase 11% do petróleo-- o que ajuda a fortalecer a moeda brasileira frente ao real.

Com atuação bastante discreta desde o início de fevereiro, o Banco Central realizou leilão de linhas para operações de comércio exterior, repassando US$ 1 bilhão aos agentes financeiros. A taxa de venda foi estabelecida em R$ 2,3340 e a taxa de recompra, em R$ 2,3459 (abril).

Juros futuros

Ontem à noite, o Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou a nova taxa básica de juros do país, 11,25%, número 1,5 ponto percentual abaixo da taxa anterior. A redução veio em linha com as expectativas de vários analistas do setor financeiro e investidores, provocando um impacto limitado nos negócios. Economistas já começam a trabalhar com um novo corte de pelo menos 1 ponto percentual para reunião de abril.

No contrato com vencimento em abril de 2009, a taxa de juros projetada recuou de 11,24% ao ano para 11,15%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada cedeu de 9,98% para 9,94%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista passou de 10,20% para 10,24%.