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Economia
Terça - 10 de Março de 2009 às 16:11

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O dólar comercial foi negociado a R$ 2,349, em baixa de 1,30%, nas últimas operações desta terça-feira. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,460, em um decréscimo de 1,28%. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 2,366 e R$ 2,341.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em forte alta de 5,41%, aos 38.720 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 4,16 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York dispara 5,23%, num dia em que o mercado repercute boas notícias sobre o grupo financeiro Citigroup, um dos grandes bancos americanos mais afetados pela crise financeira global. Os resultados do primeiro bimestre vazaram para a imprensa local, que reportou um resultado operacional de US$ 8,3 bilhões, o melhor desempenho desde o terceiro trimestre de 2007.

E em dia de euforia nas Bolsas de Valores, os preços da moeda caíram durante todo o dia. O mercado reagiu ao resultado surpreendente do PIB (Produto Interno Bruto), que encolheu 3,6% entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado. Mesmo os analistas mais pessimistas não esperavam um recuo maior que 3% para esse período.

O desastre do PIB, no entanto, ajudou a aumentar o time dos economistas que apostava num corte ainda mais drástico da taxa básica de juros (12,75% ano ano): em vez de um ponto percentual, como era consenso até semana passada, as projeções para para 1,5 ponto, com uma parcela mais "radical" apostando numa redução de 2 pontos percentuais. O Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia amanhã, após o fechamento dos mercados, a nova taxa básica de juros do país.

O economista Elson Teles, da corretora Concórdia, foi um dos que modificaram seu cenário para o Copom, e também já trabalha com um corte de 1,5 ponto percentual. "Os resultados do PIB do quarto trimestre e da produção industrial de janeiro, bem abaixo do esperado, tiveram papel fundamental para a alteração do nosso cenário", afirma.

Para Teles, a contração no trimestre final de 2008 afeta inclusive as projeções, já baixas, do PIB de 2009. "A situação pode piorar ainda mais se levarmos em conta que há boas chances de o efeito se ampliar com a confirmação de um novo recuo do PIB no primeiro trimestre", acrescenta, em relatório distribuído nesta terça-feira.

O economista José Góes, da corretora Wintrade, ainda mantém sua projeção de que o Comitê vai cortar um ponto percentual, mas admite que não descarta uma redução mais drástica. Lembrando o habitual conservadorismo da autoridade monetária, afirma: "realmente, eu não vou me surpreender se o BC optar por um corte maior, mas ele tem duas boas razões para manter o ritmo de cortes em 1 ponto. Primeiro, ainda muita incerteza sobre o quadro econômico, não só no Brasil quanto no mundo. Acho que ele vai querer se arriscar a cortar muito agora e, ter que lá na frente, subir de novo os juros. E depois, nós devemos lembrar que só a expectativa de mais cortes já é benéfica para a economia brasileira".

Juros futuros

Na véspera do Copom, o mercado futuro de juros rebaixou pelo terceiro dia as taxas projetadas nos contratos mais negociados.

No contrato com vencimento em abril de 2009, a taxa projetada caiu de 11,57% ao ano para 11,44%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada recuou de 10,17% para 10,12%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista cedeu de 10,39% para 10,30%.





Fonte: Folha Online

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