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Economia
Terça - 03 de Fevereiro de 2009 às 10:50

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem “ousadia” do seu ministério para enfrentar a crise global e reverter a tendência de estagnação que começa a atingir todos os setores. “Não podemos seguir o receituário que antes era apresentado pelos países que hoje estão em crise. Eles não têm nada a nos ensinar”, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “O presidente falou em ousadia. Não é o momento de uma ação tímida”, relatou o ministro.

De acordo com Mantega, o governo não vai seguir a “rota da desaceleração”, como sugerido por alguns economistas que temem uma piora ainda maior da balança comercial se o País tentar remar contra a maré. O ministro fez uma crítica ao protecionismo, uma semana depois de o próprio governo tentar impor barreiras às importações, e tentou minimizar a má notícia do déficit da balança comercial alegando que ele reflete uma retração mundial do comércio entre os países.

O ministro culpou os países desenvolvidos pelo agravamento e não resolução da crise financeira mundial. Segundo ele, a perspectiva para a economia mundial em 2009 é ruim, mas os países em desenvolvimento deverão crescer, em média, 3%. “O Brasil reuniu condições melhores, um fôlego maior para atravessar essa crise de forma mais suave”, afirmou Mantega.

O presidente Lula considerou, entretanto, “insuficientes” as medidas adotadas até agora para aumentar o volume de crédito e baratear seu custo, segundo relato do ministro. “O custo financeiro hoje é proibitivo”, afirmou. Ele garantiu que o spread e a taxa de juros ao tomador final de empréstimos cairão, apesar das resistências dos bancos privados. “Tenho certeza que é possível reduzir o spread no Brasil. Os bancos públicos já estão reduzindo os juros, o Banco Central também já reduziu a taxa básica de juros e o BNDES recebeu recursos adicionais, que serão parcialmente repassados aos bancos privados”, afirmou Mantega.





Fonte: AE

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