Prefeitos eleitos podem ter o registro de candidatura cassado

Vinte e seis procedimentos de investigação referentes a compra de votos e abuso de poder econômico na última eleição municipal tramitam em sete zonas eleitorais de Mato Grosso. Se a Justiça confirmar as acusações, os prefeitos eleitos podem ter o registro de candidatura cassado e não tomar posse. Há ainda prefeitos que venceram nas urnas, mas têm outros tipos de pendências no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Em Paranatinga, os votos dos dois candidatos a prefeito foram considerados nulos pela Justiça Eleitoral porque as duas chapas, a vencedora e a derrotada, tiveram os registros de candidaturas rejeitados.

Em Poxoréu o candidato a prefeito eleito, Ronan Figueiredo Rocha e o vice Osmar de Carvalho, tiveram os registros cassados pela Justiça Eleitoral, na semana passada.

Segundo denúncia do Ministério Público, os dois se ofereceram para quitar a dívida de um eleitor em troca de votos da família endividada. Os acusados estão recorrendo da decisão.

Santo Antônio de Lerverger

A Justiça Eleitoral cassou o registro da candidatura do prefeito reeleito de Santo Antônio de Leverger. Faustino Dias Neto é suspeito de compra de votos. A decisão também vale para o vice-prefeito eleito, Izaías Vieira da Silva. A defesa de Faustino disse que não há provas no processo e vai entrar hoje com um recurso no TRE.

Além desses casos, há também prefeitos eleitos que tiveram os registros de candidatura concedidos, mas ainda podem entrar com recurso na Justiça questionando o procedimento. É o que ocorre em Alta Floresta, Alto Boa Vista, Alto Garças, Barra do Garças, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Planalto da Serra, Rosário Oeste e São Félix do Araguaia.