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Meio Ambiente
Quarta - 05 de Novembro de 2008 às 05:24

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No total, 627 animais constam da lista de ameaçados em todo o país.

As principais ameaças, a distribuição geográfica, as estratégias de conservação e informações biológicas sobre 627 animais brasileiros ameaçados de extinção agora podem ser consultadas em um livro, dividido em dois volumes, que soma mais de 1.400 páginas. A publicação relata que em Mato Grosso há 29 animais que correm risco de ser extintos. O livro foi lançado nesta terça-feira, em Brasília, pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com a Fundação Biodiversitas.

Chamada de "Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção", a publicação é baseada nas listas oficiais da fauna ameaçada, publicada pelo Ministério em 2003 e 2004. Essa relação traz 160 aves, 154 peixes, 130 invertebrados terrestres, 78 invertebrados aquáticos, 16 anfíbios, 69 mamíferos e 20 répteis cuja população está diminuindo drasticamente. Segundo o Ministério, o principal objetivo de reunir essas informações em um livro é gerar uma base para consulta para os profissionais de meio ambiente e tomadores de decisão, como prefeitos e governadores, para conservar e recuperar as espécies.

Mato Grosso

O livro traz em detalhes os dados referentes a 29 animais que vivem em Mato Grosso e que estão na lista de ameaçados de extinção. São 17 espécies de aves, 11 de mamíferos e uma de inseto. Não há anfíbios nem répteis em risco de extinção no Estado. Entre os animais mato-grossenses ameaçados estão a águia-cinzenta, tico-tico-do-campo, arara-azul-grande, cervo-do-pantanal, lobo-guará, cachorro-vinagre, jaguatirica, gato-maracajá, onça-pintada, ariranha, tatu-canastra e tamanduá-bandeira.

De acordo com mapa do MMA, a Mata Atlântica é o bioma em que há mais animais correndo o risco de desaparecer. São 269 espécies, distribuídas por quase toda a costa brasileira. Em segundo lugar está o Cerrado, com 65 espécies, seguido pela Amazônia, com 41 animais ameaçados.

A lista completa desses animais, assim como alguns mapas de distribuição das espécies pode ser encontrada no Portal sobre Espécies Ameaçadas de Extinção do MMA.

Extinção das espécies

O processo de extinção está relacionado ao desaparecimento de espécies ou grupos de espécies em um determinado ambiente ou ecossistema. O Ministério explica que a extinção é um evento natural: espécies surgem por meio de eventos de especiação (longo isolamento geográfico, seguido de diferenciação genética) e desaparecem devido a eventos de extinção (catástrofes naturais, surgimento de competidores mais eficientes). No entanto, esse processo costuma ser extremamente lento, mas ao longo do tempo, o homem tem acelerado essa taxa de extinção a ponto de ter se tornado o principal agente no desaparecimento de várias espécies. Em parte, essa situação deve-se ao mau uso dos recursos naturais.

Atualmente, as principais causas de extinção são a degradação e a fragmentação de ambientes naturais, resultado da abertura de grandes áreas para implantação de pastagens ou agricultura convencional, extrativismo desordenado, expansão urbana, ampliação da malha viária, poluição, incêndios florestais, formação de lagos para hidrelétricas e mineração de superfície. Estes fatores reduzem o total de habitats disponíveis às espécies e aumentam o grau de isolamento entre suas populações.





Fonte: TVCA

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