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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Segunda - 15 de Setembro de 2008 às 04:35

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De janeiro a agosto deste ano foram distribuídos em todo o país mais preservativos do que o número repassado em todo o ano passado. De acordo com o Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde foram 203,2 milhões de camisinhas distribuídas contra 119,7 milhões repassados em 2007. O objetivo é superar os 254 milhões de preservativos fornecidos em 2004, ano em que o número foi recorde.

Os principais responsáveis pelo crescimento da demanda foram os Estados do Nordeste e o Tocantins. De acordo com o coordenador do programa do Ministério da Saúde, Ivo Brito, o que mais contribuiu para o aumento da demanda na região foi a reestruturação nos programas locais.

Com isso, os governos estaduais passaram a considerar fatores como idade e expansão geográfica da Aids na hora de calcular a quantidade necessária de preservativos.

"As dificuldades do ponto de vista operacional fizeram com que as regiões Norte e Nordeste começassem seus programas mais tarde. No Sul e no Sudeste não há alterações tão grandes, porque os programas já são mais antigos", explica.

De acordo com Brito, o aumento do número de casos da doença no Nordeste também é mais recente. "Se pegarmos todo o país, a epidemia está controlada. Mas quando pegamos os Estados ou regiões em separado, vemos que há um crescimento da epidemia no Norte e Nordeste", avalia.

Em Sergipe, onde o repasse de camisinhas pelo governo federal cresceu 245%, uma Kombi adaptada ao formato de camisinha é o símbolo da política estadual de combate à aids. O "Camisildo", como é chamado o veículo, percorre as cidades do interior distribuindo os preservativos.

"O Camisildo é de grande ajuda. Por onde ele passa as pessoas vão atrás, ele chama muito a atenção", explica o gerente estadual do Programa de Combate a DST/Aids, Almir Santana.

Segundo ele, a política do Estado de distribuir as camisinhas em festas populares no interior associada a palestras nos municípios tem surtido efeito entre a população mais resistente ao uso do preservativo. "Já virou rotina. Todas as 75 cidades do interior que fazem festas populares pedem as camisinhas", conta.

Além das festas, o programa tem como foco o trabalho de prevenção entre prostitutas e travestis, caminhoneiros, presidiários, e escolas. Sobre o crescimento tão alto do número de preservativos repassados de um ano para outro, ele diz que "havia uma demanda reprimida, em que havia procura, mas a secretaria não conseguia atender".

Cerca de R$ 60mi foram investidos pelo Ministério da Saúde na aquisição de 1 bilhão de camisinhas em 2007, as distribuídas atuais ainda fazem parte desse lote. No próximo ano, uma nova compra deve ser finalizada. Dessa vez, 1,2 bilhão de preservativos serão adquiridos.





Fonte: ABr

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