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Economia
Segunda - 25 de Agosto de 2008 às 15:53

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Os efeitos da recente alta da inflação afetaram também a expectativa do consumidor, principalmente entre os de menor renda, para o crescimento econômico do país nos próximos cinco anos, de acordo com Sondagem de Expectativas do Consumidor de agosto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Ainda que a maior parte dos entrevistados espere um incremento maior em relação aos cinco anos anteriores, aumentou o percentual de pessoas que acreditam que a economia terá um desempenho inferior nos próximos cinco anos.

Do total de entrevistados, 49,8% disseram que tem expectativa crescimento maior; 35,9% esperam que a economia tenha o mesmo desempenho em relação aos cinco anos anteriores; e 14,3% mostraram-se pessimistas, e declararam esperar um resultado pior.

Em 2007, apenas 8,6% aguardavam um desempenho pior, enquanto 53,2% diziam que a economia teria resultado superior.

Entre os consumidores com renda familiar inferior a R$ 2.100, a expectativa de piora é maior, e chega a 21,7% dos entrevistados. Outros 44% afirmaram que a economia vai melhorar nos próximos cinco anos, e 34,3% disseram que o cenário permanecerá inalterado.

Já entre os consumidores com renda familiar mais elevada (acima de R$ 9.600), apenas 7,6% responderam que a economia vai piorar nos próximos cinco anos. Outros 48,3% esperam um cenário melhor, e 44,1% declararam que a o país terá crescimento semelhante ao que foi verificados nos últimos cinco anos.

"A expectativa continua sendo favorável. Com sucessivas taxas de crescimento favoráveis, mais gente tem a percepção de que será difícil aumentar o desempenho. Ao mesmo tempo, entre os consumidores de renda menor, a inflação influencia diretamente a expectativa, mesmo para um prazo mais longo", afirmou o economista da FGV, Aloisio Campelo.

No Rio de Janeiro, o consumidor está mais pessimista em relação ao desempenho da economia nos próximos cinco anos. Na região metropolitana fluminense, 25,8% dos consultados declararam esperar desempenho inferior; 49,6% afirmaram que a economia terá o mesmo crescimento observado nos últimos cinco anos, e apenas 24,6% disseram que o país terá incremento econômico mais forte.

Em São Paulo, 62,3% afirmaram que a economia crescerá em ritmo maior do que nos últimos cinco anos; 26,9% esperam desempenho semelhante, e apenas 10,8% manifestaram expectativa mais pessimista para os próximos cinco anos.





Fonte: Folha Online

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