Alta da inflação derruba expectativa do consumidor para próximos 5 anos, diz FGV
Ainda que a maior parte dos entrevistados espere um incremento maior em relação aos cinco anos anteriores, aumentou o percentual de pessoas que acreditam que a economia terá um desempenho inferior nos próximos cinco anos.
Do total de entrevistados, 49,8% disseram que tem expectativa crescimento maior; 35,9% esperam que a economia tenha o mesmo desempenho em relação aos cinco anos anteriores; e 14,3% mostraram-se pessimistas, e declararam esperar um resultado pior.
Em 2007, apenas 8,6% aguardavam um desempenho pior, enquanto 53,2% diziam que a economia teria resultado superior.
Entre os consumidores com renda familiar inferior a R$ 2.100, a expectativa de piora é maior, e chega a 21,7% dos entrevistados. Outros 44% afirmaram que a economia vai melhorar nos próximos cinco anos, e 34,3% disseram que o cenário permanecerá inalterado.
Já entre os consumidores com renda familiar mais elevada (acima de R$ 9.600), apenas 7,6% responderam que a economia vai piorar nos próximos cinco anos. Outros 48,3% esperam um cenário melhor, e 44,1% declararam que a o país terá crescimento semelhante ao que foi verificados nos últimos cinco anos.
"A expectativa continua sendo favorável. Com sucessivas taxas de crescimento favoráveis, mais gente tem a percepção de que será difícil aumentar o desempenho. Ao mesmo tempo, entre os consumidores de renda menor, a inflação influencia diretamente a expectativa, mesmo para um prazo mais longo", afirmou o economista da FGV, Aloisio Campelo.
No Rio de Janeiro, o consumidor está mais pessimista em relação ao desempenho da economia nos próximos cinco anos. Na região metropolitana fluminense, 25,8% dos consultados declararam esperar desempenho inferior; 49,6% afirmaram que a economia terá o mesmo crescimento observado nos últimos cinco anos, e apenas 24,6% disseram que o país terá incremento econômico mais forte.
Em São Paulo, 62,3% afirmaram que a economia crescerá em ritmo maior do que nos últimos cinco anos; 26,9% esperam desempenho semelhante, e apenas 10,8% manifestaram expectativa mais pessimista para os próximos cinco anos.
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