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Politica Brasil
Quarta - 25 de Junho de 2008 às 23:34
Por: Valdemir Roberto

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O presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), deputado Francisco Galindo, está gastando o cérebro e a saliva para cumprir uma missão emblemática: convencer a sua empregada doméstica a mudar de voto. Coordenador-geral da campanha do prefeito Wilson Santos, do PSDB, Galindo contou que já fez de tudo, mas começa a ter a certeza de que dificilmente vai conseguir seu objetivo. “Ela é Walter Rabello até debaixo d´água” – contou, ao externar uma preocupação eloqüente em todas as organizações de campanha, qual seja, a forma com Rabello penetra nas classes C, D e E.

Massacrado, Rabello vai aos “trancos e barrancos” tentando levar a pré-candidatura a prefeito de Cuiabá. Desde que se lançou na busca da cadeira do Palácio Alencastro, o ex-deputado estadual – cassado por infidelidade partidária – vai se mostrando um adversário “duro na queda”. Primeiro, perdeu o emprego na emissora de televisão que o projetou para ser o vereador mais votado para a Câmara Municipal e depois um dos mais votados para assumir uma cadeira na Assembléia Legislativa.

Em quatro anos, Rabello subiu aos céus e foi ao inferno por diversas vezes. Mesmo com tantas variações no campo político, com uma candidatura “recheada” de desconfianças, Rabello vai dominando o gosto popular. Limitado a um salário de apresentador de TV numa emissora de baixa audiência, Rabello vê a todo instante seu projeto político ser questionado e combatido. Ora por falta de estrutura para seguir com a campanha, ora pela sua própria inexperiência como político. Sem conseguir “entrar” entre os formadores de opinião – que são minoria – Walter não tem conseguido agregar alguns segmentos por não dispor de “suporte” para discutir objetivamente sua campanha.

Tanto que muitos pré-candidatos a vereador procuraram eventuais “adversários” para “discutir” seus projetos. Na política, historicamente, os pré-candidatos a vereador, em sua maioria, são subvencionados em suas campanhas pelos candidatos majoritários. É o chamado “esquema de campanha”. Além de definir áreas de atuação, os pré-candidatos querem saber quem vai pagar, por exemplo, seu material de campanha. Rabello, até aqui, não fez essa discussão. Tem se limitado a viver sua popularidade como instrumento capaz de atrair os aliados.

As desconfianças sobre a candidatura de Rabello, porém, foram todas dissipadas na terça-feira. "Posicionei o governador Blairo Maggi de que o PP parte para a disputa eleitoral em 50 municípios como cabeça de chapa e que provavelmente elegeremos mais do que em 2004 quando conquistamos 21 cidades", disse o deputado José Riva, ao deixar o Palácio Paiaguás.

Rabello já pode ser visto como uma espécie de fenômeno. Dias atrás, ele passou pela “feirinha” do CPA, conhecido termômetro de aferição da popularidade de um político, e foi aclamado pelos populares. Rabello não conseguiu andar muitos metros, tamanho assédio. O presidente da Assembléia Legislativa, Sérgio Ricardo, do Partido da República, que o acompanhava, caminhou sem ser muito incomodado entre feirantes, barracas e populares.

A idolatria por Rabello, até aqui, impressiona. Políticos experientes, como Júlio Campos, por exemplo, se mostram pasmos com o desempenho de Rabello. “Temos pesquisas que nos mostram que ele está em primeiro lugar” – disse. “Eu não sei como esse rapaz está conseguindo isso, com tudo que já lhe aconteceu”.





Fonte: 24 Horas News

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