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Meio Ambiente
Terça - 24 de Junho de 2008 às 14:05
Por: Mariana Alejarra

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Gado apreendido em áreas protegidas deve ser leiloado; e dinheiro, destinado ao programa. Ministro nega que apreensão de 'boi pirata' possa agravar crise dos alimentos.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta terça-feira (24) que os proprietários de gado estão começando a cumprir a decisão judicial que determina a retirada de gado de áreas protegidas. "Eles não fizeram antes, estão fazendo agora, porque viram que é a serio. Acabou a moleza. 'Boi pirata' vai virar churrasco do Fome Zero", disse.

O destino do gado apreendido, no entanto, ainda não está certo, já que a realização do leilão depende de decisão judicial. "O leilão tem trâmites. Deve acontecer nas próximas duas ou três semanas. Essas 3100 cabeças estão numa área controlada pelo Ibama, com controle militar", explicou Minc.

Inflação

O ministro negou que a apreensão de gado em propriedades ilegais na Amazônia, o chamado “boi pirata”, possa piorar a crise dos alimentos e aumentar o preço da carne no Brasil. "Isso não vai aumentar o preço da carne. O problema da carne são condições sanitárias boas para exportarmos mais. Isso não vai criar desabastecimento, até porque esse gado vai para o Fome Zero", ressaltou o ministro.

Na semana passada, o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), havia afirmado que a operação poderia pressionar os preços dos alimentos, já que,segundo Maggi, qualquer alteração nas condições de oferta ou demanda de produtos poderia causar alteração nos preços.

Leilão

A iniciativa de retirar o gado dessas propriedades é uma das apostas do governo federal para conter o desmatamento na Amazônia. A operação contou com a atuação de agentes ambientais apoiados por forças policiais. "[A operação] significa cumprir a lei, que diz que ninguém pode enriquecer com produto de crime ambiental. Já foi leiloado cereal, madeira, e agora será o gado. Seguindo as leis e os decretos", disse Minc sobre o leilão do gado apreendido.

Minc disse ainda que os grandes frigoríficos vão assinar um termo em que se comprometem a comprar somente carne e gado de fazendas legalizadas, que não sejam produto de grilagem de terras nem de devastação ambiental.





Fonte: G1

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