Greve de auditores paralisa US$ 5 milhões em mercadorias em MT
O motorista Toni Carlos veio do porto de Santos (SP) dirigindo uma carreta com 60 toneladas de um produto para curtumes em Mato Grosso. No entanto, o motorista não consegue despachar a carga importada da Alemanha porque não há auditor fiscal. Toni Carlos está parado no Porto Seco desde o dia 18 de março. "Quinze dias parados é bastante prejuízo para o bolso da gente", disse o motorista.
"O Porto Seco depende totalmente da Receita Federal. Sem a Receita não podemos nem descarregar o caminhão, nem deslacrar e com isso a indústria e o comércio ficam sem receber a mercadoria", disse o gerente comercial e de logística do Porto Seco, Elton Erthal. O problema também atinge as cargas que foram entregues antes da paralisação mas não tiveram o desembaraço aduaneiro concluído e permanecem estocadas.
Os auditores não aceitaram o reajuste apresentado pelo governo federal e as condições de pagamento. A categoria quer os mesmos ganhos de um delegado federal, com salário inicial de cerca de R$ 13 mil e final de R$ 19,7 mil. "O governo nos ofereceu uma proposta em outubro de 2007, mas passado algum tempo o governo rebaixou essa proposta, inclusive com relação à implementação do reajuste que no primeiro momento seria 2009 e passou para 2010. Por isso, depois de sete meses de negociação os auditores decidiram cruzar os braços e buscar uma mudança na negociação por parte do governo federal", disse Cláudio Márcio Damaceno, presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais.
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