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Economia
Terça - 01 de Abril de 2008 às 11:40

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O nível de atividade da indústria avançou em março, mas em um ritmo inferior ao mês anterior, e atingiu o patamar mais baixo em 14 meses, segundo o indicador PMI (Pesquisa Mensal Industrial), desenvolvido pela NTC Research e divulgado nesta terça-feira pelo Banco Real. A maior variação entre os itens apurados, em relação a fevereiro, ocorreu nos preços dos insumos.

Segundo o estudo, a inflação de preço de insumos acelerou e atingiu seu ponto mais alto em dez meses em março, com destaque para os reajustes de metais e produtos agrícolas. "Depois de levar em conta os fatores sazonais, o Índice de Preço de Insumos registrou 60,8, acima dos 57,4 de fevereiro, indicando uma inflação de custo de insumos considerável", apontou o levantamento.

E, por conseqüência, os fabricantes aumentaram seus preços pelo oitavo mês consecutivo em março. A taxa de inflação média de preços, no entanto, caiu ligeiramente, no nível mais fraco desde novembro último. "As empresas aumentaram os preços de seus produtos numa tentativa de proteger as suas margens de lucro, tendo em vista o aumento de custos de insumos", informou o estudo com base nos relatórios dos entrevistados.

O índice PMI --indicador geral da atividade da indústria-- recuou para 52,8 em março, o ponto mais baixo em 14 meses. Em fevereiro, o indicador foi de 53,4. "Com um valor um pouco acima de 50, o índice indicou, mesmo assim, uma modesta melhora nas condições operacionais do setor", apontou o estudo.

A leitura do PMI abaixo de 50 indica queda na economia industrial, acima de 50, expansão, e equivalente a 50, ausência de mudanças. Quanto maior for a diferença do valor de 50, maior será a taxa de mudança assinalada pelo índice.

Os fabricantes brasileiros continuaram a expandir a produção em suas fábricas em março, embora a taxa de crescimento tenha diminuído pelo quinto mês consecutivo --54,1 contra 55,2 no mês anterior-- e se revelado a mais fraca desde julho de 2006. "Mesmo assim, o ritmo de aumento permaneceu robusto. Depoimentos informais sugeriram que o aumento mais forte nos volumes de vendas tinha sustentado a mais recente expansão na produção", aponta o estudo.

O nível de novos pedidos cresceu em março. Por outro lado, os volumes recebidos do exterior caíram pelo segundo mês consecutivo. O índice ficou em 46,8, abaixo dos 48 do mês anterior. Segundo a pesquisa, os entrevistados atribuíram a queda em novos pedidos de exportação à alta cotação do real.

Em um reflexo do aumento da produção, o setor ampliou os níveis de emprego --porém na taxa mais fraca em 18 meses-- e as compras de matéria-prima e de bens intermediários. Os estoques de insumos, no entanto, continuam a cair, e por uma taxa mais forte que a do mês anterior. As empresas relataram mais um alongamento nos prazos de entrega dos fornecedores em março.





Fonte: Folha Online

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