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Nacional
Quarta - 30 de Janeiro de 2008 às 21:45

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Já empossado como novo comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Gilson Pitta Lopes disse, após cerimônia improvisada de passagem de comando que vai mandar apurar se houve tentativa de operação padrão em alguns quartéis. A cerimônia, nesta quarta-feira (30), foi feita às portas fechadas e sem a presença da tropa – fato inédito na história da corporação.

“Vamos ter ciência do que está ocorrendo e tomar as devidas providências. Não vamos tolerar qualquer tipo de insubordinação. A Polícia Militar não fugirá à sua missão de garantir a segurança da população fluminense”, completou.

Tumulto e ausência da tropa

Sobre o tumulto formado na frente do quartel-general da PM – com um batalhão de repórteres, cinegrafistas e fotógrafos impedidos de entrar no prédio – e a ausência da tropa na cerimônia de transmissão do cargo, lamentou: “É lógico que na nossa vida isso seria o ideal (a presença dos comandados e o ritual de posse), mas estamos às vésperas do carnaval e foi necessário antecipar”. Justificou ainda que o espaço em seu gabinete era pequeno para receber a imprensa.

Pitta confirmou alterações na estrutura da corporação, como o secretário José Mariano Beltrame já havia antecipado. “É óbvio que haverá mudanças nos quartéis”.

Ele minimizou os efeitos da oposição feita ao seu nome por outros oficiais que defendiam a permanência do coronel Ubiratan Angelo no comando. “Não há reação. Cada militar sabe de suas responsabilidades. A situação é de tranqüilidade. Não será um grupo menor que vai desestabilizar uma corporação bicentenária”.

Barbonos

O coronel admitiu que assinou o manifesto dos Barbonos – grupo formado por oficiais que faz campanha por melhoria salarial – mas se pautou pela disciplina. “Eram simplesmente reivindicações”, argumenta.

Sobre o fato de ter se comprometido a não aceitar convite para assumir o posto de comandante-geral, desconversou. “Aquilo era naquele momento”, explicou.

O comandante-geral disse que será mantido o planejamento para a segurança do carnaval. “Não faremos mudanças.”

O coronel Ubiratan, acompanhado da família, anunciou que está de férias e que pediu para passar para a inatividade. “Eu disse, quando tomei posse, que esse seria o meu último cargo executivo na corporação”.




Fonte: G1

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