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Economia
Quarta - 16 de Janeiro de 2008 às 09:09
Por: Marcondes Maciel

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Cuiabá segue a tendência nacional e já apresenta uma desaceleração no preço do feijão. O produto, que é tradicional na mesa dos brasileiros e nos últimos tempos teve sua oferta reduzida no mercado com sério risco de ser cortado do cardápio, ainda pesa muito para o consumidor, mas em alguns casos a redução no preço chegou a mais de R$ 1,00 nos últimos dias. Mesmo assim, o tão apreciado arroz com feijão continua sendo presença mais rara nas refeições de boa parte dos brasileiros, com muitas famílias reduzindo bastante o consumo.

Pesquisa feita pela reportagem do Diário em alguns supermercados da cidade constatou que a redução nos preços é maior no caso do feijão carioca tipo 2 que há um mês estava sendo vendido a R$ 4,99 o quilo e hoje já pode ser encontrado a R$ 3,49. Já o feijão carioca tipo 1 manteve o preço elevado com o custo de R$ 6,65. Antes considerado o tipo mais caro, o feijão preto passou a ser uma opção para as donas de casa, mas ainda assim seu custo é alto, R$ 3,48 (o menor valor encontrado nas redes pesquisadas).

A redução no consumo do feijão tem sido bastante acentuada, algumas famílias que costumavam ter o produto à mesa no almoço e jantar deixaram o consumo para uma refeição apenas. É o caso de Edenil de Morais, moradora do Araés. Trabalhando como merendeira escolar ela sabe bem o quanto é preciso economizar para ter uma boa refeição. Antes ela comprava em torno de 6 a 7 quilos de feijão por mês, hoje a compra mensal ficou reduzida a 3 quilos.

“O produto está muito caro, então reduzimos o consumo”. Também a dona de casa Evanir da Silva, moradora do Jardim Renascer, já não compra a mesma quantidade de feijão. Dos 10 quilos que costumava levar para casa hoje ela compra apenas a metade e também procura outras opções que possam render mais. “Tenho optado pelo feijão preto e, agora também estou comprando o feijão fradinho”.

PERSPECTIVAS – Embora venha apresentando uma desaceleração nos preços, a curto prazo ainda não há perspectiva de uma redução mais acentuada e uma oferta maior no mercado. É o que acredita o responsável pelo setor no Supermercado Comper, Manoel Araújo Neto.

O produto à venda no supermercado ainda faz parte do estoque feito para atender a demanda deste início de ano. A nova remessa deve chegar no prazo de 10 dias, mas os preços devem se manter nivelados já que ainda não houve redução dos valores por parte dos fornecedores.

“Por enquanto não houve nenhuma melhora nos preços, isso interfere no custo da cesta básica onde o feijão é essencial”.

SUPERMERCADOS – Os supermercados confirmam que houve queda nos preços do feijão nos últimos dias, na Grande Cuiabá. “Já estamos começando a receber feijão de Minas Gerais e Goiás”, diz o presidente da Associação dos Supermercadistas do Estado (Asmat), Altair Magalhães. Além de Minas e Goiás, também são importantes fornecedores de Mato Grosso os Estados de São Paulo e Paraná. “Começamos a sentir que os estoques estão melhorando”, avalia Magalhães.

Ele também aponta retração no consumo “no período de pico” dos preços. “Quando [o preço] chegou a R$ 6 o quilo, de fato houve uma queda repentina das vendas no setor supermercadistas. Agora o consumo voltou a reagir e já podemos projetar uma normalidade para até o final de março”.

Altair Magalhães acredita que no mês de abril os preços poderão do feijão poderão despencar para R$ 2/Kg. “Vai depender da oferta”, lembra ele.





Fonte: Diário de Cuiabá

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