Receitas de exportações de café crescem 17% e alcançam recorde em 2007

São Paulo, 9 jan (EFE)- As receitas das exportações brasileiras de café cresceram 17% no ano passado, em relação a 2006, alcançando o valor recorde de US$ 3,9 bilhões, informou hoje o Conselho de Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).

Em comunicado, o CeCafé indicou que o volume exportado em 2007 foi de 28 milhões de sacos de sessenta quilos, 2,4% a mais do que em 2006.

Em dezembro, no entanto, as exportações brasileiras de café chegaram aos 2,3 milhões de sacos, 16,7% a menos do que no último mês de 2006, tendo como resultado uma colheita menor.

O faturamento, no mesmo mês, do café brasileiro exportado foi de US$ 352,5 milhões.

O diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga, qualificou o ano de 2007 como "positivo", superando o faturamento e volume de exportações de 2006.

O novo recorde de faturamento se deve também ao aumento do preço internacional do grão, com avanço entre 8 e 10% anuais desde 2002.

Para 2008, segundo Braga, o cenário é considerado animador, apesar dos desafios e das projeções de 27 milhões de sacos, 4% a menos, reflexo da colheita menor e do aumento do consumo interno, que deverá oscilar entre 17 e 18 milhões de sacos.

O preço, da mesma forma, deverá ser mantido, segundo apontou o Conselho. Em 2007, o valor do saco exportado pelo Brasil passou de US$ 120,5 para US$ 137,7.

A Alemanha, por sua vez, se manteve como o principal destino do café brasileiro, com crescimento de 1,2% das exportações e envio de 4,9 milhões de sacos.

Para os Estados Unidos e o Japão, as exportações recuaram 5,2% e 9,8%, respectivamente, enquanto as vendas para a Bélgica registraram o maior aumento, de 12% (1,2 milhões de sacos).

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), feito pela Universidade de São Paulo (USP), calculou uma produção de café para a colheita 2008-2009 entre 41,2 e 44,1 milhões de sacos, abaixo da média entre 47 e 50 milhões esperada pelo mercado.

Por outro lado, a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) projetou que o consumo brasileiro será de 18,1 milhões de sacos, um milhão a mais do que em 2007.