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Politica Brasil
Domingo - 06 de Janeiro de 2008 às 05:32

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Todos os 21 vereadores por Cuiabá - incluindo os suplentes Dilemário Alencar (PTB) e Chico 2000 (PR), que ocupam cadeira dos titulares, respectivamente, Éden Capistrano e Helny de Paula -, trabalham projeto à reeleição, o que deixa a disputa mais acirrada. A tendência é que ao todo a corrida às 19 vagas no legislativo cuiabano tenha mais de 350 candidatos nas eleições de 5 de outubro. Uma eleição de vereador pela Capital custa entre R$ 300 mil a R$ 900 mil, dependendo da inserção do candidato junto à sociedade. Nem todo esse valor, porém, é declarado oficialmente. Cada vereador recebe hoje R$ 7,5 mil de salário mensal e usufruiu de outras vantagens, como verbas indenizatórias e de gabinete.

Dos atuais, os mais antigos são Luiz Marinho (DEM), Ivan Evangelista (PPS) e Lueci Ramos (PSDB), todos com mais de dois mandatos. Eles já montaram estratégias e estruturas em busca da reeleição. Alguns recorrem a apoios logísticos para ganhar visibilidade, o que acaba arregimentando cabos eleitorais sob patrocínio indireto do poder público, numa engrenagem puxada por servidores. Ivan, por exemplo, tem estrutura da área social da prefeitura graças à atuação de sua mulher Ana Alencar, que ocupa cargo importante. Além disso, terá respaldo do novo secretário de Trânsito e Transporte Urbano (SMTU), Elismar Bezerra.

Permínio Pinto e Edivá Alves, ambos da bancada do PSDB, mesmo partido do prefeito Wilson Santos, são os que mais detêm apoio de secretários. Permino, por exemplo, possui como cabos eleitorais Carlos Carlão (Educação), Mário Olímpio (Cultura), Zé do Nordeste (Finanças) e José Rosa (Sanecap). Edivá tem respaldo na educação. Ao menos 40 diretores de escolas já fecharam adesão a sua recandidatura.

O presidente da Câmara, vereador Lutero Ponce (PMDB), contava até agora com vários cabos eleitorais na Saúde. Esse respaldo deve diminuir com a saída do secretário Guilherme Maluf, que será substituído por Luiz Soares. Deputados também se envolvem nas articulações e no apoio a vereadores. O estadual José Riva e o federal Eliene Lima, por exemplo, vão investir na reeleição do ex-tucano Levi de Andrade, que migrou para o PP, assim como Deucimar Silva. Levi ainda aposta na adesão dos segmentos evangélicos e dos estudantes da Cefet (antiga Escola Técnica Federal), onde atua como professor.

Chico 2000 vai à reeleição sob incentivo do ex-secretário de Estado de Infra-Estrutura, Casa Civil e Educação, Luiz Pagot, atual diretor-geral do Dnit.

Confira abaixo quem são os vereadores cuiabanos, com suas estruturas, apoios logísticos e estratégias de bastidores para a reeleição:

Domingos Sávio (PMDB) - Tem apoio da cúpula do PMDB, como o presidente regional, deputado Carlos Bezerra, e o vice-governador Silval Barbosa, além de segmentos do seu antigo partido, o PT, ligado ao deputado estadual Alexandre Cesar, de quem Sávio é amigo pessoal.

Lutero Ponce (PMDB) - Conta com estrutura da Câmara Municipal, da qual é presidente. Trocou o PP pela legenda peemedebista e terá respaldo do deputado Guilherme Maluf, de quem é amigo pessoal, e de servidores da secretaria municipal de Saúde.

Mário Lúcio (PMDB) - Está no primeiro mandato e é apoiado pela associação que representa os portadores de deficiências e conta com dinheiro em caixa para a campanha de quando ganhou na mega-sena.

Levi de Andrade (PP) - Tem respaldo dos segmentos evangélicos e dos deputados José Riva (estadual) e Eliene Lima (federal). Busca respaldo também no Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet, antiga ETF), onde atua como professor.

Luiz Poção (PP) - Conta com ajuda do movimento comunitário, no qual se inseriu por meio de seu programa na TV Cuiabá, intitulado "Veracidade", quando abre espaço aos líderes dos bairros fazerem reivindicações e prestação de contas das ações. Também ganhou força por ser hoje o primeiro-secretário da Mesa da Câmara, condição que o permite controlar o caixa do duodécimo de quase R$ 1,6 milhão por mês.

Deucimar Silva (PP) - Após trocar o DEM (ex-PFL) pelo PP, vive expectativa da promessa de ajuda e apoio do deputado estadual José Riva, um dos caciques da legenda progressista. Também conta com respaldo de alguns empresários.

Marcus Fabrício (PP) - Conta com respaldo de um grupo de pecuaristas e de membros da cúpula do seu partido, entre eles do deputado federal Pedro Henry. Exerce o primeiro mandato e já tem estrutura financeiro para a reeleição.

Chico 2000 (PR) - Legisla hoje no lugar do titular Helny de Paula e tem a simpatia do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, pretenso candidato a governador nas eleições de 2010. Busca arregimentar apoios também junto a algumas associações de moradores de bairros.

Helny de Paula (PR) - É ligado ao Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetróleo), especialmente dos donos de postos de combustíveis. Preside a MTGás e sua recandidatura tem a simpatia do governador Blairo Maggi.

Francisco Vuolo (PR) - Conta com adesão da área cultural, base construída na época em que foi secretário de Cultura da gestão Roberto França. Também tem apoio da chamada cuiabania e o respaldo do governador Maggi, principalmente após acompanhá-lo do PPS para o PR.

Dilemário Alencar (PTB) - Aposta no respaldo dos movimentos organizados, como sindicatos dos bancários e OAB. Tem como um dos cabos eleitorais o deputado e empresário Chico Galindo, presidente do diretório do PTB da Capital.

Júlio Pinheiro (PTB) - Tem a simpatia do conselheiro do Tribunal de Contas, Antonio Joaquim, que sempre o ajudou na vida pública e que assume a presidência do TCE a partir do próximo dia 31. Nos bastidores, recebe apoio também do deputado Chico Galindo e do presidente da Agência de Habitação, João Vieira, que o sucedeu no cargo e de quem é amigo pessoal.

Clovito Hugueney (PTB) - É ligado à cuiabania e tem como principal cabo eleitoral o ex-vereador, deputado licenciado e secretário-chefe da Casa Civil, João Malheiros, de quem é sobrinho. Também tem promessa de respaldo na campanha do petebista Moisés Dias, secretário municipal de Trabalho, Desenvolvimento Econômico e Turismo.

Éden Capistrano (PSDB) - Secretário de Meio Ambiente de Cuiabá, construiu base junto aos servidores da pasta. Saiu da Igreja Carismática, mas fincou força na Sara Nossa Terra, de onde espera ter alicerce para se reeleger. Além do segmento evangélico, conta ainda com apoio do presidente do Detran, Teodoro Lopes, o Dóia, de quem é cunhado.

Enelinda Scala (PT) - Professora aposentada, conta com respaldo da senadora Serys Marly e do ex-deputado Gilney Viana e da associação de moradores da bairro Boa Esperança, onde reside há vários anos.

Lúdio Cabral (PT) - Um dos opositores na Câmara, ele está no primeiro mandato e tem adesão do Sindicato dos Médicos (Sindimed) e das equipes do Programa Saúde da Família (PSF). Aliás, o petista é médico e integra o PSF do bairro Osmar Cabral.

Permínio Pinto (PSDB) - Terá ajuda explícita de alguns secretários, como Carlos Carlão (Educação), Mário Olímpio (Cultura), José Rosa (Sanecap) e Zé do Nordeste (Finanças). Eles devem capitalizar votos em nome da reeleição do colega vereador.

Edivá Alves (PSDB) - Também tem apoio de alguns secretários e na Educação, onde já foi secretário na gestão Roberto França. Já fechou adesão à reeleição de 40 diretores de escolas. Também atua como professor na Cefet, de onde espera respaldo nas urnas.

Lueci Ramos (PSDB) - Possui como padrinho político o ex-deputado estadual e agora conselheiro do Tribunal de Contas, Humberto Bosaipo. É assistente social, área que começou a buscar apoio em nome de um novo mandato. Também espera boa votação na região do CPA, onde reside.

Luiz Marinho (DEM) - Ex-presidente da Câmara por dois mandatos, tem ajuda do empresariado que explora o transporte coletivo e de entidades que representam portadores de necessidades especiais. Também bem base sólida da região do CPA.

Ivan Evangelista (PR) - Tem a mulher Ana Alencar, que trabalha na secretaria de Assistência Social de Desenvolvimento Humano como principal cabo eleitoral junto aos servidores da pasta. Também passa a ter influência e apoio logístico do novo secretário de Trânsito e Transporte Urbano, Elismar Bezerra, e do adjunto Hélio Silva, todos do PPS.





Fonte: RD News

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