Após alta de 43,6% no ano, bolsa abre 2008 com queda de 4,6%
Os pregões de baixa não foram exclusividade do mercado financeiro no Brasil. O nervosismo causado pela divulgação de indicadores econômicos dos Estados Unidos se espalhou pelas bolsas de todo o mundo. Na sexta-feira (4), o dia foi de resultados negativos na Europa, Ásia e EUA: enquanto o índice Dow Jones caiu 1,96%, o Nasdaq, medidor das ações de tecnologia, amargou baixa de 3,77%.
A razão para tanto mau humor é a mesma que assombrou os investidores ao longo do ano passado: o medo de que uma recessão afete o crescimento da maior economia do mundo. Na sexta-feira, o governo dos Estados Unidos informou que foram abertas apenas 18 mil vagas de emprego em dezembro, frente à expectativa de analistas de 70 mil. Além disso, a taxa de desemprego subiu para 5% - a mais alta desde novembro de 2005.
Sinais de crise
Na próxima semana, os indicadores econômicos norte-americanos devem voltar a centrar as atenções dos investidores. Na terça-feira (8), serão divulgados números de vendas de casas nos EUA, que sinalizam a atividade econômica do setor de habitação, e os dados de crédito ao consumidor.
No Brasil, a expectativa fica em torno dos indicadores de inflação: na sexta-feira (11), o IBGE divulgará o IPCA de dezembro, que mede a inflação oficial no país. A expectativa é a de saber se o indicador vai fechar o ano dentro da meta estipulada pelo governo para 2007, que é de inflação de 4,5%.
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