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Economia
Sábado - 05 de Janeiro de 2008 às 22:25

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O presidente da MTGás, Helny de Paula, que retorna de férias na terça (8), assegurou neste sábado, por telefone, que não tem qualquer consistência os rumores de que os cerca de 20 funcionários da Termelétrica de Cuiabá serão demitidos devido à suspensão por um ano do fornecimento de gás natural pela Bolívia. "O gás para geração de energia elétrica é uma coisa e GNV (Gás Natural Veicular) é diferente. Está havendo confusão, muita especulação, o que deixam os funcionários preocupados. Mas não tem nada de demissão em massa", enfatiza o dirigente da MTGás, autarquia que compõe a estrutura do governo do Estado.

Segundo Henry, há quatro meses a Termelétrica Governador Mário Covas, de Cuiabá, não recebe gás boliviano e nem por isso parou. "Esse crise vem há mais de um ano, aliás, desde quando o Evo Morales assumiu a Presidência da Bolívia, e nunca um posto de combustível ficou sem abastecer".

O presidente da MTGás não demonstra tanta preocupação com a decisão do governo boliviano de suspender o fornecimento de gás natural, sob justificativa de dificuldade para atender a demanda, já que a produção é insuficiente para honrar os contratos com a unidade de Cuiabá, com a Comgás, de São Paulo, e com a Argentina.

A Empresa Pantanal Energia, que administra a termelétrica, se mostra surpresa com a decisão da Bolívia, já que houve renovação de um contrato provisório mais uma vez entre a Transborder Gas Service (TBS) - que transporta o produto a Cuiabá - e a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), empresa boliviana de petróleo.

Enquanto perdurar a suspensão, será mantida a geração de carga mínima diária para manutenção dos equipamentos, já que a paralisação por longo período pode causar danos às máquinas. A última carga despachada pela planta ocorreu em agosto de 2007, de 240 MW. A usina de Cuiabá acaba tendo um tratamento diferenciado em relação às demais térmicas quando são acionadas para suprir o vácuo na geração deixado pelas hidrelétricas, quando estas estão com os níveis dos reservatórios baixos.

Para chegar à usina termelétrica de Cuiabá, o gasoduto percorre 642 km partindo da Bolívia. Passa por Cáceres, Poconé, Nossa Senhora do Livramento e Várzea Grande até chegar a Cuiabá.





Fonte: RD News

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