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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sábado - 29 de Dezembro de 2007 às 07:05

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Petrobras vai aumentar em 15% o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, a partir do dia 1º de janeiro, segundo as distribuidoras do combustível. O reajuste vale apenas para o GLP destinado aos segmentos comercial, industrial e grandes condomínios. Para os botijões de 13 quilos, usados em residências, não haverá mudanças. Trata-se do primeiro reajuste em mais de quatro anos, refletindo a disparada das cotações do petróleo nos últimos meses. Até as 18 horas a Petrobras não havia informado oficialmente sobre o aumento.

O reajuste foi comunicado às distribuidoras de GLP em e-mail enviado na tarde desta sexta-feira, 28. Desde abril de 2003, quando a cotação do petróleo se situava em torno dos US$ 25 por barril, a Petrobras mantinha inalterados os preços do gás de cozinha, em uma política de subsídio ao consumidor de baixa renda. Com os reajustes anunciados nesta sexta, a política é praticamente mantida, uma vez que os impactos se darão apenas sobre comércio, indústrias e condomínios residenciais, principalmente em São Paulo, que usam grandes botijões de 45 quilos.

Esse tipo de vasilhame, que hoje custa cerca de R$ 130, terá um aumento de R$ 19,50. Representantes das distribuidoras afirmam que o repasse será integral. Especialistas alertam para o risco de pequenos aumentos também nos botijões de 13 quilos, uma vez que a rede de revenda pode aproveitar o momento para recuperar margens. Atualmente, o botijão custa pouco mais de R$ 30, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A divisão entre os preços do GLP foi instituída em 2002, justamente para permitir à estatal manter políticas diferenciadas para as diversas classes de consumidores. Hoje, o GLP para outros usos custa 12% a mais do que o vendido para engarrafamento em botijões de 13 quilos. O último reajuste no preço dos botijões pequenos foi promovido em janeiro de 2003, quando foi aumentado em 8%.

Meses antes, a política de preços do GLP havia se tornado um dos temas mais polêmicos da campanha eleitoral à presidência da República. Então candidato pelo PSDB, o atual governador de São Paulo, José Serra, reclamou publicamente dos constantes aumentos nos preços dos combustíveis promovidos pela Petrobras, alegando que a política prejudicava sua campanha e municiava o concorrente Luiz Inácio Lula da Silva.

A partir do início de 2002, com a liberação dos preços dos combustíveis no País, a Petrobras passou a acompanhar mais de perto as cotações internacionais, que iniciavam o processo de alta que culminou com o petróleo na casa dos US$ 90 por barril. Na gestão petista, apenas combustíveis de menor apelo popular, como querosene de aviação e nafta petroquímica, têm acompanhado o mercado externo. Ainda não há notícias sobre reajustes nos preços de outros combustíveis, como gasolina e diesel, que também apresentam defasagens.





Fonte: Estadão

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