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Nacional
Quarta - 26 de Dezembro de 2007 às 09:34
Por: Aluizio Freire

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Um menino de cerca de 9 anos, morreu ao ser atingido por linha com cerol de pipa, no Parque das Missões, próximo ao acesso à Linha Vermelha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na noite de terça-feira (25).

Segundo a polícia, a criança, que andava de bicicleta no momento do acidente, foi ferida no pescoço e cortou a garganta. O menino chegou a ser levado para o Hospital Municipal de Duque de Caxias, mas não resistiu aos ferimentos.

O corpo está no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias. O registro é da 59ª DP (Duque de Caxias).

Pipa, brincadeira inocente, pode ser perigosa

A diversão das crianças soltando pipas aumenta com o período de férias. Mas a inocente brincadeira pode trazer sérios riscos, além de provocar acidentes. No último sábado (22), a queda de uma pipa com rabiola de papel metálico - material altamente condutor - deixou temporariamente sem energia o Centro do Rio e bairros de Laranjeiras, Catete, Largo do Machado e partes do Flamengo e Botafogo, na Zona Sul.

O problema, que só foi normalizado totalmente quase duas horas depois, obrigou os técnicos da Light a desligar o sistema da subestação Frei Caneca. As ocorrências na rede elétrica causadas por pipas têm preocupado a empresa.

De acordo com a Light, somente no período de junho a agosto de 2007, que inclui as férias escolares, foi registrado um aumento de mais de 100% no número de desligamentos provocados por pipas, em relação ao mesmo período de 2006. Ainda segundo a Light, cerca de 400 mil clientes ficaram sem energia, principalmente nas Zonas Norte e Oeste do Rio e na Baixada Fluminense.

O Corpo de Bombeiros também faz recomendações. “É preciso muito cuidado e conscientização das pessoas. Soltar pipas perto de rede elétrica representa perigo”, alerta o tenente-coronel Jadyr Sabas, do Departamento de Relações Públicas da corporação.

O perigo do cerol

A brincadeira, que encanta a criançada, principalmente no subúrbio, traz outros riscos: os atropelamentos, incêndios, e cortes provocados pelo cerol nas linhas. “A gente sempre grita para os motoqueiros levantarem a antena ou colocarem o capacete”, afirma o comerciante Wilson Barata, 46 anos, que faz parte do Clube da Pipa, formado por um grupo de adultos que se reúne nos fins de semana em uma praça, próximo ao viaduto de Ramos, no subúrbio.

O local não é o mais apropriado para a brincadeira, devido à rede elétrica da linha férrea a menos de 200 metros de onde eles ficam. Indiferentes aos riscos, Pablo Gomes, 13, e Fabrício da Silva, 14, empinavam suas pipas sobre um emaranhado de fios na tarde desta terça-feira (25). “A gente não deixa a linha encostar nos fios”, garante Fabrício.

Usada como estratégia militar

Segundo pesquisadores, a pipa surgiu no Maranhão pelos portugueses no século XVI. Mas, sua procedência seria oriental. Antes de se transformar em brinquedos infantis, as pipas teriam sido usadas como estratégias militares. A enciclopédia chinesa “Khé-Tchi-King-Youen” atribui a invenção da pipa ao general chinês Hau-sin, que viveu no século 206 aC.

O general, segundo a enciclopédia, conquistou uma cidade fazendo um túnel, após ter calculado, por meio de uma pipa, a distância entre o campo onde estava e o palácio Wai-Yang. Conta ainda a tradição chinesa que o uso da pipa, em estratégia militar, teria surgido na época do imperador Wou-ti, da dinastia dos Liang, no ano 459 J.C., servindo para comunicar aos aliados a posição e o pedido de ajuda.

História à parte, para construir sua pipa, cafifa, papagaio, quadrado, piposa, pandorga, arraia ou pepeta – como ela é chamada em outros estados -, basta colar o papel na estrutura de bambu e completar com a rabiola. As arraias não possuem o adereço preso na parte inferior da peça. Portanto, é só tomar cuidado e dar linha na pipa.





Fonte: G1

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