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Economia
Terça - 18 de Dezembro de 2007 às 15:30

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O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve atingir 5% em 2008, segundo estimativas divulgadas nesta terça-feira (18) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do boletim "Economia Brasileira - Desempenho e Perspectivas".

A estimativa da CNI para o crescimento da economia brasileira no próximo ano coincide com a previsão do Ministério da Fazenda, que também projeta, até o momento, um aumento de 5% para o PIB do ano de 2008. Na avaliação do mercado financeiro, entretanto, o crescimento do próximo ano deverá ficar em 4,40%.

A projeção de crescimento da CNI para o PIB no próximo ano, porém, representa queda em relação ao esperado pela entidade para a elevação deste ano, que é de 5,3%. Em setembro, a CNI previa expansão de 4,7% para este ano, número que foi revisado nesta terça-feira (18).

No documento divulgado à imprensa, a CNI não fala sobre a projeção de queda do PIB de 2007 para 2008. Avalia apenas que o "bom desempenho" da atividade econômica no próximo ano baseia-se nos seguintes fatores: demanda forte interna, otimismo sobre os investimentos, cenário externo favorável (entidade aposta em desaquecimento menos intenso da economia dos EUA), e o chamado "carry-over" (efeito estatístico pelo qual o nível de atividade de um ano passa para o seguinte).

PIB industrial e investimentos

Segundo a CNI, o PIB industrial, que engloba não somente a indústria de transformação, mas também a indústria extrativa mineral, a construção civil e os serviços industriais, também deve apresentar crescimento de 5% no ano de 2008. Para 2007, a estimativa revisada da entidade é de um aumento de 5,3%.

A projeção da CNI para a formação bruta de capital fixo, ou seja, para o nível de investimentos na economia brasileira, é de expressivos 14% em 2008, contra 12,8% neste ano. "O ano de 2008 deve ser promissor para investimentos. A pequena ociosidade no parque produtivo aliada à continuidade do crescimento da produção induz o investimento privado. As eleições municipais também favorecem a expansão do número de obras públicas", avalia a CNI.

Balança comercial

A CNI está mais pessimista do que o mercado financeiro a respeito do resultado da balança comercial brasileira em 2008. Enquanto os analistas de mercado acreditam que o superávit (exportações menos importações) atingirá US$ 33,6 bilhões no próximo ano, a CNI projeta um resultado positivo menor, de US$ 25 bilhões - consequência de exportações em US$ 175 bilhões e de importações em US$ 150 bilhões.

"As exportações crescerão a um ritmo menor em 2008, o que está associado a valorizações adicionais do real [queda do dólar]. Essa valorização do real [recuo da moeda norte-americana] baseia-se em três fatores: possibilidade de o Brasil atingir o 'grau de investimento' das agências de classificação de risco, a ampliação da diferença entre os juros brasileiro e americano e a continuidade dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil", avalia a CNI em nota à imprensa.

Inflação e juros

A expectativa da CNI é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para o sistema de metas de inflação, fique em 4,1% em 2008, contra 4,2% neste ano. A projeção do mercado financeiro, porém, é que o IPCA de 2008 some 4,2%.

Pelo sistema de metas de inflação, o BC calibra a taxa de juros tendo por base a meta central de 4,5% para 2007 e para 2008. Entretanto, existe um intervalo de tolerância que permite ao IPCA ficar entre 2,50% e 6,50% neste ano e no seguinte. Para a taxa de juros, a expectativa da CNI é de 10,5% ao ano para o fim de 2008 (a mesma do mercado financeiro), contra 11,3% ao ano no fim de 2007.





Fonte: G1

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