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Economia
Domingo - 16 de Dezembro de 2007 às 23:19

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MONTEVIDÉU, 16 dez 2007 (AFP) - O Mercosul assinará com Israel seu primeiro Tratado de Livre Comércio desde sua fundação, em 1991, na cúpula do bloco que acontece em Montevidéu, nestas segunda e terça, onde não são esperados outros resultados concretos.

O acordo entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e Israel foi fechado após acaloradas negociações nos últimos dias, sobretudo dentro do bloco sul-americano.

"É um acordo muito complexo e amplo, com produtos que terão tarifa zero desde o início e outros que terão em quatro anos ou mais", disse à AFP o embaixador israelense em Montevidéu, Yoel Barnea.

A cerimônia de assinatura estava marcada, a princípio, para esta segunda-feira, mas foi adiada para a manhã da próxima terça para esperar a chegada do chanceler brasileiro, Celso Amorim.

O acordo é, até agora, o único resultado concreto da cúpula do bloco, à qual vão comparecer, além do anfitrião Tabaré Vázquez, os presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, do Paraguai, Nicanor Duarte, da Venezuela, Hugo Chávez, e do Chile, Michelle Bachelet.

O maior obstáculo do bloco são as eternas discussões sobre como superar as gritantes assimetrias entre os países-membros, para encerrar a cobrança dupla da Tarifa Externa Comum (TEC) e estabelecer um código alfandegário que permita a redistribuição das taxas fiscais de entrada na região.

As delegações dos países-membros do Mercosul negociavam neste domingo para tentar chegar a algum acordo antes da Cúpula. "O Uruguai está tentando fazer algo para que isso ande", disse à AFP um dos negociadores uruguaios. "Ainda há tempo até terça-feira" para conseguir algo, concluiu.

Apesar disso, outro negociador afirmou que "não se vai aprovar" o código alfandegário, que eliminaria a cobrança dupla da TEC, nem o Plano Estratégico, que aborda quatro pilares do bloco: assimetrias, políticas de fomento à integração produtiva, acesso aos mercados e assuntos de caráter institucional.

O comissário europeu de Política Econômica e Monetária, Joaquín Almunia, assistirá à Cúpula e participará do Conselho do Mercado Comum, onde abordará "o relacionamento" Mercosul-UE, segundo comunicado da representação da Comissão Européia.




Fonte: AFP

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