Jaime e Jonas tentam 'furar' DEM e votar pela prorrogação da CPMF
Campos e Pinheiro são alvo de pressões do governador Blairo Maggi (PR), e governo federal, que tentam convencer os dois a desobedecer a ordem do DEM.
Pinheiro disse que quer saber se o DEM vai manter a ameaça de expulsar o senador que votar favoravelmente à CPMF. "Quero saber exatamente qual será o castigo aplicado. Se não houver castigo, posso até mudar meu voto. Mas hoje voto seguindo a orientação do partido."
Já Campos negou que seja alvo de pressões ou ameaças. Segundo ele, não há possibilidade "hoje" de ele desobedecer a orientação do DEM. "Tenho que honrar a minha palavra. Tenho a maior simpatia pelo presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva]. Mas só posso rever minha posição se houver algum entendimento com o partido", disse ele.
Esta semana os senadores se reuniram com Maggi e o ministro Guido Mantega (Fazenda) em busca de um acordo para renegociar a dívida do Estado. Uma das propostas em estudo é alongar o pagamento da dívida de 20 anos para 40 anos --com seis anos de carência. O acordo do governo do Estado de Mato Grosso com a equipe econômica ainda não foi fechado. Mas há sinalizações de que poderá avançar nos próximos dias.
Paralelamente, os senadores são cobrados pelo DEM e também por Maggi e o governo federal em relação à CPMF --cuja votação, em primeiro turno, está marcada para terça-feira. "Eu gostaria muito de ajudar o meu Estado", disse Pinheiro.
Jaime criticou a forma como os governistas conduziram as negociações em busca da aprovação da CPMF. "Faltou o governo buscar o entendimento. Deveria ter ocorrido um melhor entendimento, não houve", disse ele, sem detalhas as falhas que observou.
A senadora Serys Slhessarenko (PT) já afirmou que vai votar a favor da prorrogação da contribuição.
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