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Politica Brasil
Quarta - 05 de Dezembro de 2007 às 13:30
Por: Roberto Maltchick

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O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), anunciou nesta quarta-feira (5) que decidiu arquivar as representações número quatro e cinco, impetradas pelo PSOL e por PSDB e Democratas, contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). "Acatei a argumentação de que as denúncias eram ineptas. A matéria foi para o arquivo", informou ao G1.

Na denúncia apresentada pelo PSOL, o ex-presidente do Senado era acusado de participação em esquema de arrecadação ilegal de recursos em ministérios comandados pelo PMDB. A denúncia foi feita pela revista "Veja". O alagoano nega as acusações.

Já na outra, de autoria do PSDB e do Democratas, Renan era acusado de encomendar a espionagem de parlamentares de oposição, defensores da cassação do senador. Os alvos da suposta 'arapongagem', de acordo com a revista "Veja" seriam os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). "O empresário citado na matéria nega qualquer envolvimento com o caso. não existem elementos. Por isso, também foi para o arquivo", disse o presidente do Conselho de Ética.

O pedido de arquivamento da representação quatro foi solicitado na quinta-feira (29) pelo relator da matéria, senador Almeida Lima (PMDB-SE). “A denúncia é inepta. Não há nada contra o senador Renan. Não consta nenhuma acusação contra ele”, disse o relator, principal aliado do alagoano no órgão disciplinar.

Já a denúncia número cinco sequer tinha relator indicado no órgão disciplinar.

Desta forma, o objetivo é promover o arquivamento sumário da matéria. “Não há motivos para que se analise uma denúncia que não existe. Existem outros casos na Casa, inclusive envolvendo senadores de oposição, que tiveram o mesmo destino”, garantiu Almeida Lima.

Ele deu como exemplo de arquivamento sumário uma representação impetrada contra o atual líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR).

O despacho de Leomar Quintanilha foi entregue à Secretaria-Geral do Senado, na noite de terça-feira (4), conforme o próprio senador.

Resta uma denúncia

Em mais uma representação, travada pela Mesa Diretora e ainda longe de uma investigação, o peemedebista é acusado de liberar emendas para a construção de casas em Murici (AL), cidade natal de Renan, cuja construtora seria fantasma.

Protesto

As bancadas do PSOL na Câmara e no Senado farão um ato contra o arquivamento das denúncias. De acordo com a assessoria do partido, será fixado uo cartaz em uma das portas de acesso ao Senado e terá as seguintes palavras: "Voto oculto prorroga o corporativismo, o peculato e a maracutaia", se referindo à votação secreta do processo de cassação na Câmara e no Senado.





Fonte: G1

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