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Economia
Segunda - 03 de Dezembro de 2007 às 19:20

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BRASÍLIA - Apesar do forte crescimento das importações, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Welber Barral, disse esperar para dezembro um saldo comercial superior aos US$ 2,02 bilhões de novembro. Novembro concentra as compras para o Natal, mas em dezembro arrefece, disse ele, sobre as importações.

Barral descartou, porém, a possibilidade de o saldo ficar próximo ao de dezembro de 2006, quando atingiu US$ 5 bilhões e foi um resultado excepcional.

Segundo o secretário, a expansão das importações em proveito do preço baixo do câmbio por empresas brasileiras, não preocupa o governo. Ele garante que não há substituição a ponto de afetar a produção nacional.

Estamos bastante tranqüilos, pois bens de capital estão entre os itens que mais cresceram. Segundo Barral, isso significa que há aí um viés importante na renovação do parque fabril brasileiro, e isso é o que gera crescimento sustentado.

Ele citou que houve uma evolução de 29% do consumo aparente (soma da produção interna mais importações) de máquinas e equipamentos nos 12 meses terminados em novembro. Segundo ele, o indicador aponta que, se há maior volume de aquisição no exterior de bens de capital, a produção nacional desse segmento também está em crescimento e não perdeu mercado para o importado.

De acordo com os dados do Mdic, as importações totais atingiram US$ 110,01 bilhões de janeiro a novembro, com alta de 30,2% sobre o período anterior, quase o dobro da variação de 16,1% verificada nas exportações (US$ 146,419 bilhões).

A alta foi geral em todas as categorias de compras no exterior, com maior variação para os bens de consumo (33,5%), bens de capital (31,8%), matérias-primas e intermediários (30,1%) e combustíveis e lubrificantes (26%).

Nos bens de consumo, cuja participação na pauta geral importadora subiu de 12,9% para 13,3%, o destaque ficou com automóveis de passeio. As compras (principalmente da Argentina e México) de carros tiveram expansão de 63,7% sobre janeiro a novembro do ano passado.

Barral afirma que o aumento de renda do brasileiro aliado ao efeito câmbio, explica o aumento de importação de bens de consumo, que ele considera com uma participação ainda pequena no total importado.




Fonte: Valor Online

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